"Os novos médicos que estão prometidos para prestar serviço no centro de saúde local vão usufruir desta medida que se estende às suas famílias, se for o caso bem, como todos os encargos com essa mesma habitação. De momento, há dois clínicos nesta situação", explicou o autarca social-democrata.
Desde novembro de 2015 que o Centro de Saúde de Torre de Moncorvo (CSTM), com oito mil utentes inscritos, se tem debatido com a falta de médicos.
Atualmente prestam serviço no CSTM quatro médicos, sendo que dois estão em "regime temporário" e pertencem a unidades de saúde de Mirandela.
"Está em fase final de processo a colocação de mais dois médicos até ao final do ano no CSTM, sendo que em abril um deles ficará em definitivo ao abrigo deste incentivo", indicou.
Segundo Nuno Gonçalves, seis médicos a trabalhar no concelho seria já um número "razoável".
A população do concelho de Torre de Moncorvo "está bastante envelhecida" e com a entrada do inverno "as situações de saúde complicam-se", num concelho com cerca de 8.000 utentes inscritos.
Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, António Marçôa, duse que vê adiantou que é visto com "muito interesse", os incentivos dados aos médicos que se queiram fixar nos centros de saúde deste território do interior.
"Há já dois médicos afetos há ULS Nordeste que estão a beneficiar destes incentivos e esperamos que no próximo mês de abril, outros médicos venham a ser contemplados, tudo porque está em curso o processo de fixação de novos clínicos no CSTM", adiantou o administrador.
António Marçôa realçou que o CSTM conta com quatro médicos no seu "quadro" de pessoal e que até ao final do ao poderá subir para seis clínicos em regime de permanência.
"Até abril poderá haver um médico para cada 1.600 utentes do CSTM", contabilizou.
O problema com a falta de médicos em Torre de Moncorvo já se arrasta desde novembro de 2015.
A Comissão Concelhia de Torre de Moncorvo do PCP anunciou, entretanto, que vai realizar na segunda-feira, na Praça Francisco Meireles, pelas 11:30, uma Tribuna Pública sobre a degradação dos cuidados de saúde primários prestados pelo CSTM às populações.
Lusa