A crise financeira e directiva do Desportivo de Chaves parece estar perto de chegar ao fim. Castanheira Gonçalves confirmou as expectativas dos sócios e manifestou a sua disponibilidade para encabeçar uma comissão administrativa que irá gerir, a curto prazo, os destinos do clube. O presidente honorário pediu mais duas semanas aos associados para poder apresentar todos os elementos que constituirão essa comissão administrativa.

Castanheira Gonçalves apresentou-se aos associados, na Assembleia Geral do Chaves da passada quarta feira, manifestando a sua disponibilidade para encabeçar uma comissão administrativa que ficará encarregue de gerir o clube nos próximos tempos. Mas, ao mesmo tempo, pediu mais duas semanas aos sócios para poder reunir o número de elementos necessários para constituir essa comissão administrativa, que deverá ser constituída por seis pessoas.

"Só ainda não apresento esses elementos porque houve algumas pessoas que me manifestaram o seu apoio e, depois, acabaram por recuar", sublinhou Castanheira Gonçalves. Quanto à suposta proposta para a constituição da SAD (Sociedade Anónima Desportiva), que garante ter em mãos, Castanheira só não a apresentou por considerar não ser o momento oportuno. "O futuro imediato passará pela constituição de uma comissão administrativa. Não é possível fazer uma SAD e arrancar já para este campeonato. Há pressupostos legais que têm que ser cumpridos e necessitaríamos de, pelo menos, dois a três meses".

Mas, apesar de não ser ainda legalmente presidente do clube, Castanheira Gonçalves está já a tratar de assuntos relacionados com o Desportivo de Chaves. Quarta feira foi o representante flaviense nas eleições da Liga de Clubes, funções que desempenhou, garante, "por ser presidente honorário do Chaves".

Para já, Castanheira Gonçalves garante não ter contactos com treinadores nem possíveis jogadores para a próxima temporada, muito embora os nomes de Álvaro Magalhães, Carlos Carvalhal José Morais e até de Raúl Águas tenham vindo à berlinda como possíveis sucessores de António Borges no comando técnico dos flavienses. " A prioridade do clube é, agora, resolver a situação dos atletas. Contamos com a continuação no plantel dos jogadores que têm contrato válido com o Chaves, mas abrimos as portas a quem quiser e entender deixar o clube. Os atletas são livres de preparar o seu futuro", afirma Castanheira Gonçalves.

A este propósito, refira-se que Arrieta (que já assinou pelo Sporting de Braga), Pineda, Cesinha, Hector Gonzalez, Casablanca, Jean Pierre, Jairson, Baigorria, Alexandre, Jacques e Carou estão de saída do Chaves. Ainda com contrato válido para a próxima temporada encontram-se Ricardo Chaves, Paulo Alexandre, Tony, Lino, Manduca, João Alves, Raúl Pareja, Riça, Nuno Ricardo, Filipe e Nélson (os dois últimos estiveram emprestados ao Valpaços na época que agora terminou). Raúl Ochoa, Kasongo, Isidro, Juan Carlos e Marcos Novo são jogadores em final de contrato, mas que já manifestaram a sua vontade em continuarem no Desportivo de Chaves. O regresso do plantel aos trabalhos foi já agendado para o dia 8 de Julho, sendo de crer que, até lá, surjam muitas outras novidades.

A última Assembleia Geral serviu também para eleger uma nova Mesa da Assembleia, proposta pelo presidente da Câmara de Chaves e composta por Fernando Campos (presidente da Assembleia Geral), José Moura (vice-presidente) e Rui Martins (secretário).

O risco do Desportivo de Chaves "fechar as portas" deixou de existir e o clube irá ocupar o lugar a que tem direito no campeonato nacional da II Liga. Os trâmites (cauções) para com a Liga de Clubes estão cumpridos e a inscrição do Chaves será feita a horas. Castanheira Gonçalves garante, ainda, que a normal preparação da próxima época não sairá abalada, uma vez que, aprovada a comissão administrativa, "há condições para começar logo a trabalhar na constituição do plantel e da equipa técnica".



PARTILHAR:

Pescadores de New Bedford lutam pela sobrevivência

Barbeque annual