A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e o município de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, celebram no sábado um protocolo de cooperação na tradição da tanoaria artesanal do Douro.
A informação foi divulgada hoje pela CCDR-N em comunicado. Este é o primeiro protocolo ligado ao património cultural imaterial e museológico desde que assumiu competências na área da Cultura.
O protocolo, explicou a CCDR-N em comunicado, tem como objetivo a “valorização da tradição artesanal e oficinal da tanoaria, enquanto Património Cultural Imaterial do Douro, no contexto do desenvolvimento e dinamização do Museu da Memória Rural, localizado no concelho de Carrazeda de Ansiães”.
Para o presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, é “um estímulo, um incentivo e um reconhecimento” para continuar a desenvolver projetos ligados à preservação do património imaterial no concelho do distrito de Bragança, inserido na mais antiga zona vitivinícola do mundo.
O autarca local explicou que esta parceria vai permitir criar um novo núcleo museológico em Mogo de Ansiães, localidade com tradição na tanoaria, onde existiam várias oficinas artesanais.
“Essas oficinas dedicavam-se ao fabrico de pipas e de tonéis, que são ainda hoje essenciais para guardar o vinho (…)”, explicou à Lusa João Gonçalves.
O município transmontano tem já vários núcleos museológicos espalhados pelas aldeias, dedicados, por exemplo, ao azeite, aos moinhos de vento ou à telha.
Para breve está a abertura de um outro, dedicado aos ferreiros e aos ferradores.
A assinatura do documento vai acontecer no Museu de Memória Rural, em Vilarinho da Castanheira, Carrazeda de Ansiães, no mesmo di em que se assinaram as comemorações do 23.º aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial pela UNESCO.