Durante os seus primeiros 25 anos, a agência serviu e ajudou maioritariamente os imigrantes portugueses. No entanto, hoje em dia, ao celebrar o seu 30º aniversário, a agência depara-se com desafios novos. Ainda continuar a satisfazer as necessidades dos portugueses, mas também está a servir os novos imigrantes que chegaram recentemente à região — a maioria dos quais não é portuguesa.
Durante a comemoração de aniversário que o CAI realizou no domingo passado no Hawthorne Coutry Club, membros da comunidade louvaram o seu sucesso.
“Milhares de imigrantes têm sido ajudados e a nossa missão não mudou desde 1971,” adiantou a directora executiva do centro, Helena Marques, que tem moldado a agência desde que assumiu o presente cargo nos meados da década de 90. “Continuamos a ajudar os imigrantes a ultrapassar as barreiras linguística, cultural e económica.”
Carl Bizarro, presidente da Direcção do CAI, referiu que o centro adapta-se às necessidades presentes e futuras das comunidades imigrantes.
“Continuam a chegar outras comunidades,” salientou. “Temos os maias, os russos e os hispânicos, que têm as mesmas necessidades que os portugueses tiveram quando aqui chegaram.”
Bizarro informou que os desafios que o centro enfrenta prendem-se com a contratação de pessoal e a elaboração de programas que satisfaçam as necessidades dos novos grupos a radicar-se na cidade. Ele acrescentou que o centro sobreviveu, em parte, devido ao trabalho árduo que tem desempenhado.
“Os imigrantes que beneficiaram do centro quando chegaram têm ajudado o centro à medida que prosperaram,” explicou. “Compartilharam a sua fortuna. Mas mesmo assim, ainda temos muito trabalho a fazer.”
O centro homenageou oficialmente o Congressista Barney Frank (D-Newton) no domingo, distinguindo-o pelo trabalho distinto que tem desempenhado em prol dos imigrantes. Embora Frank não pudesse estar presente devido a uma festa de aniversário de um familiar, a sua assessora Elsie Souza aceitou, com orgulho, a distinção em seu nome.
“Ele é o campeão dos imigrantes em Washington,” adiantou Souza, acrescentado que o centro desempenha um papel importante ao ajudar indivíduos a assimilarem-se na comunidade americana.
“Haverão sempre novos imigrantes a chegar a New Bedford,” adiantou. “É uma cidade costeira, conhecida em todo o mundo desde os dias da caça à baleia. É uma cidade que abre os seus braços a todo o mundo e o centro faz parte disso.”
Um dos fundadores do centro classificou o facto deste estar a comemorar 30 anos como sendo uma celebração inesperada.
“Há 25 anos pensávamos que um dia não seria necessário,” informou Maria Tomásia. “Agora, parece que é mais necessário do que nunca. Ainda existem muitos assuntos que afectam os imigrantes e os idosos — muitos assuntos sociais. Penso que o centro continuará a ser preciso.”
De facto, adiantou Tomásia, algumas administrações tentaram em várias ocasiões fechar o centro, mas os seus apoiantes não o permitiram.
“Houveram muitas tentativas para o encerrarem, mas, obviamente, a necessidade sempre forçou as pessoas a lutarem para o manter aberto,” disse.
O evento de domingo atraiu mais de 200 pessoas até ao Hawthorne Country Club. O entretenimento foi providenciado por Catarina Avelar, Ana Vinagre e elementos do grupo folclórico do Clube S.S. Sacramento e de um rancho folclórico boliviano.