O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) arranca, em 2018, com um investimento de 16 milhões de euros que inclui equipamentos de diagnóstico e terapêutica, obras nos blocos de parto e operatório e implementação do balcão único.
O presidente do conselho de administração do CHTMAD, João Oliveira, afirmou hoje à agência Lusa que "2018 é um ano de mudança", em que o centro hospitalar, com sede social em Vila Real, vai "consolidar investimento estruturantes" em equipamentos e, também, em obras de remodelação e de renovação.
O responsável adiantou que as boas notícias chegam com a entrada em funcionamento da máquina de TAC (Tomografia axial computorizada), em Lamego, a partir da próxima semana, um equipamento que já está instalado e para o qual faltava apenas a autorização para emitir nota de encomenda, que foi dada recentemente pelo Ministério das Finanças.
João Oliveira destacou os ganhos para os utentes, que deixam de ter de se deslocar a Vila Real para fazer este exame. Por ano, segundo o responsável, eram deslocados cerca de 3.500 utentes da urgência ou internamento de Lamego, o que representava um custo de 45 mil euros.
O Ministério das Finanças aprovou também a ressonância magnética para o hospital de Vila Real, um equipamento que deverá estar instalado durante o verão e que vai permitir que a unidade internalize todos os exames.
O CHTMAD gasta, anualmente, entre 900 mil euros a um milhão de euros com convencionados para fazer ressonâncias magnéticas.
Segundo João Oliveira, os dois equipamentos representam um investimento de 1,2 milhões de euros.
A secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, desloca-se na sexta-feira às unidades hospitalares de Lamego e de Vila Real e, no programa, estão precisamente visitas a estes dois equipamentos de meios de diagnóstico.
Quanto ao novo acelerador linear para reforçar a unidade de radioterapia do centro oncológico do CHTMAD, que é reivindicado há vários anos, João Oliveira referiu que está previsto para este ano, faltando, no entanto, as respetivas autorizações, pelo que, na prática, já está a ser projetado para o próximo ano.
Trata-se de um investimento de 5,5 milhões de euros para o novo equipamento e para a renovação tecnológica do atual acelerador linear.
Em 2018, vai também arrancar um investimento de 4,5 milhões de euros na melhoria da eficiência energética do hospital de Vila Real, com intervenções, por exemplo, a nível da renovação de caixilharias ou de vidros, e que conta com financiamento no âmbito do programa operacional POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos).
Em breve será lançado o concurso para a renovação do bloco operatório de Chaves, num investimento de 1,8 milhões de euros, com financiamento comunitário de 900 mil euros, e o responsável anunciou também obras no bloco de partos de Vila Real, que, em mais de 30 anos de funcionamento, nunca sofreu uma intervenção.
Este é, no entanto, um investimento que ainda carece de autorização da tutela.
O presidente do conselho de administração referiu que a estimativa orçamental para esta obra de renovação e ampliação é de 800 mil euros. Em 2017, o número de partos em Vila Real foi de 1.353, menos 31 que em 2016 (1.384).
No âmbito do serviço de medicina interna vai ser criada uma unidade de ambulatório, num financiamento de 150 mil euros, que visa a prevenção, a proximidade e um atendimento mais rápido de doentes já referenciados, por exemplo, a nível da diabetes ou insuficiência cardíaca.
Para a implementação do projeto do balção único vai ser aplicada uma verba de um milhão de euros. "Este investimento vai-nos permitir fazer uma renovação drástica no atendimento hospitalar em todas as unidades e vai permitir que os utentes possam interagir melhor com o centro hospitalar", explicou o responsável.
Este projeto vai introduzir novas tecnologias na comunicação entre os utentes e a unidade hospitalar, através de e-mails ou SMS, sendo que, atualmente, o telefone ainda é o meio principal meio de contacto.
João Oliveira referiu ainda que, em 2017, o CHTMAD concluiu um investimento de 1,5 milhões de euros, em equipamentos e obras, como a renovação do TAC de Vila Real, o raio X de Chaves, na aquisição de novos computadores e na nova área de reabilitação cardíaca.