Cerca mil referências de vinhos de todas as regiões vinícolas de Portugal e Espanha marcam presença no concurso ibérico VinDouro/VinDuero, que decorre até quinta-feira na localidade fronteiriça de Trabanca, junto ao Douro Internacional.

“Após um ano de interregno devido à pandemia de covid-19, estamos de volta com o concurso ibérico VinDouro/VinDuero. Este ano contamos com cerca de mil referências de vinhos a concurso provenientes de 80 regiões de origem de Espanha e Portugal”, disse hoje à Lusa o presidente do VinDouro-VinDuero, José Luis Pascual.

Acreditando nesta oportunidade lançada pela Rota Internacional dos Vinhos, integrada no Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero/Douro, os produtores portugueses fizeram-se representar com mais de metade das mais de cerca de mil amostras a concurso.

Só a Região Demarcada do Douro representa 7% dos vinhos a concurso neste certame ibérico, que pretende ser o maior do mundo, dentro do seu género.

"Este é o maior concurso de vinhos na Península Ibérica, em quantidade e qualidade. Não há, em Portugal ou em Espanha, um concurso com esta dimensão. Começámos há 17 anos com pouco mais de 30 referências e este ano conseguimos perto de um milhar, o que é o nosso recorde", frisou.

Segundo o responsável, Portugal tem mais de metade dos vinhos a concurso, ultrapassado a Espanha em quatro referências.

“Portugal está bem representado com mais vinhos que Espanha. Este ano até está equilibrado, mas há mais quatro referências de vinhos face às apresentadas pelos produtores espanhóis”, indicou.

José Luís Pascual destaca um dado que, na sua opinião, é importante para o concurso VinDouro/VinDuero, que o facto de a presença de vinhos portugueses neste concurso internacional aumentar todos anos.

“Todas as denominações de origem de Portugal estão presentes neste concurso ibérico, onde se encontram os melhores vinhos da Península Ibérica. Não fosse a pandemia, o número de vinhos a concurso poderia ser bem maior já que houve adegas que tiveram de suspender a sua produção”, frisou.

O júri do concurso é composto por um painel de 40 mulheres e 40 homens, provadores provenientes de Portugal, Espanha, outros países europeus e da América Latina.

O concurso surge este ano como algumas inovações na sua programação, como o prémio Pascual Herrera em homenagem a um grande especialista em vinhos e impulsionador dos prémios VinDouro/VinDuero.

Outra das novidades é o prémio “Terroir de la Frontera” que vai distinguir uma referência vinícola de Portugal e Espanha pelo empenho dos seus produtores na elaboração de cada vinho.

Todos os vinhos concorrem ao Grande Arribe de Ouro (vinho com a maior pontuação), Arribe de Ouro (mais de 90 pontos) e Arribe de Prata (entre 89,99 e mais de 85 pontos) no concurso geral.

Os prémios estão integrados na Rota Internacional do Vinho que pretende ser, na zona raiana do Douro Internacional e Beira Interior, um instrumento com capacidade de atrair turistas a um território onde se produzem vinhos de referência, como é caso da Região Demarcada do Douro ou das províncias espanholas de Zamora e Salamanca.

Fotografias: Luís Cordeiro

 

 

 



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