Um incêndio de grandes dimensões na Quinta das Poldras, que terá começado na maternidade, causou a morte a 254 animais, sendo que, mais 72 foram abatidos posteriormente devido à gravidade dos seus ferimentos.
Aconteceu na madrugada da passada sexta-feira, dia 3 de março, um incêndio na Quinta das Poldras em Alfaião. Da área de 1200 metros quadrados que compõe a exploração de suinicultura, 700 arderam, e dos 412 porcos e leitões, 254 morreram no incêndio e 72 tiveram de ser imediatamente abatidos devido à gravidade das queimaduras que sofreram.
De acordo com um dos principais responsáveis pela propriedade, o incêndio terá, alegadamente, deflagrado devido a uma lâmpada. “Na minha opinião, aquilo deve ter sido uma lâmpada de infravermelhos que nós usamos para aquecimento dos animais quando são pequeninos, mas que, por algum motivo, deve ter caído e aquilo por baixo são estrados de plástico”, começou por revelar Nelson Preto ao Diário de Trás-os-Montes (DTM). “É uma lâmpada forte, são 250 watts, de certeza que esteve algum tempo a incidir no plástico e pegou fogo. O incêndio começou numa maternidade e propagou-se, depois, para o resto do pavilhão da exploração”, contou o entrevistado, que contabilizou um prejuízo “largamente superior a 100 mil euros”.
De um total de 412 animais, somente 86 foram poupados e porque, na altura do incêndio, estavam nos parques exteriores. Quanto ao alerta, chegou por telemóvel ao amanhecer, mas já veio tarde. “Fomos avisados por volta das 7 da manhã por uma pessoa lá da aldeia que, por acaso, é guarda da GNR, sobre um fumo intenso na exploração e quando chegámos ao local o incêndio já estava na sua fase final”, recordou, continuando “eu cheguei às 7:15 e chamei os bombeiros, mas o incêndio já estava em fase de rescaldo e só os chamei por uma questão de segurança, pois já não havia nada a fazer”.
A agravar tamanha adversidade está o facto da Quinta das Poldras não possuir qualquer seguro relativo à propriedade ou aos animais. Questionado se esta provação veio prejudicar alguns dos seus negócios, nomeadamente, o restaurante e a produção de fumeiro, o empresário brigantino garantiu ao DTM que “foi, sem dúvida, um enorme passo atrás”, até porque todos os pratos do restaurante “O Bisarinho” são proveniente da Quinta das Poldras, bem como todos os enchidos”.
Apesar deste grave incidente, Nelson Preto asseverou ao Diário que não irá desistir: “vou continuar o meu projeto custe o que custar e irei pô-lo a funcionar melhor ainda do que aquilo que estava”. “Esse é o meu compromisso”, prometeu.