O presidente da Aerocondor, Victor de Brito, reivindica um sistema de precisão para auxiliar as operações no aeródromo de Bragança. Desde que se iniciaram as ligações aéreas Bragança-Vila Real-Lisboa, em 1997, que a empresa alerta para a necessidade de instalar ajudas rádio naquele aeródromo, para permitir aterragens e descolagens, mesmo em caso de más condições atmosféricas.

O processo depende da vontade do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e ganha força numa altura em que o número de passageiros da carreira aérea Bragança-Lisboa registou um aumento de 30 por cento, entre Setembro de 2003 e Setembro de 2004.

A taxa de ocupação dos voos da Aerocondor ronda os 60 por cento, números que levam Victor de Brito a pedir a intervenção do INAC para instalar ajudas rádio na pista de Bragança.

Actualmente, as operações são auxiliadas por ondas electromagnéticas, cujo raio de acção não vai além da zona de Bragança. O ideal, segundo o presidente da Aerocondor, era um sistema mais potente, tecnicamente designados por VOR/VME ou ILC, cujo sinal chega à zona do Douro. Este equipamento, de resto, é fundamental para transportar o aeródromo de Bragança para outros voos.

Recorde-se que a Câmara de Bragança decidiu ampliar a pista em 500 metros, de forma a permitir as operações com aeronaves com capacidade para 100 lugares. Um dos objectivos desta intervenção é incentivar os operadores aéreos a criar ligações entre Bragança e Paris, servindo a comunidade transmontana residente em França.

Charter para Paris
Para já tudo não passa de intenções que, a concretizarem-se, não deverão ir além dos voos charter, ou seja, viagens realizadas quando há um número suficiente de passageiros para encher um avião e cobrir custos.

O próprio Victor Brito considera \"muito difícil\" avançar com voos regulares. \"Para isso é preciso um número de pessoas suficientes para conseguir praticar um preço competitivo, como acontece nas ligações Lisboa-Paris, que movimentam milhares de passageiros\", considera o responsável.

Quanto aos voos charter, o presidente da Aerocondor defende que, antes de ser tomada qualquer decisão, \"é preciso fazer um estudo económico aprofundado nessa matéria\".

De qualquer forma, a empresa que assegura as ligações Bragança-Vila Real-Lisboa já parte em vantagem nesta corrida, dado que acaba de ganhar um concurso público internacional para a ligação aérea Agen-Paris. Trata-se de uma rota em território francês, na qual a Aerocondor vai realizar três viagens diárias, com um aparelho de 46 lugares.

\"O facto de operarmos em França pode levar-nos a estudar as ligações entre Bragança e França, aproveitando o esforço que a Câmara Municipal tem feiro para melhorar o aeródromo\", revela Victor de Brito.



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