O Boavista e o Desportivo de Chaves empataram hoje 1-1, no jogo de encerramento da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, com ambas as equipas a falharem o regresso aos triunfos no campeonato.

No Estádio do Bessa, no Porto, o avançado gambiano Yusupha, aos 27 minutos, adiantou a equipa da casa no marcador, mas os transmontanos conseguiram chegar ao empate aos 88, com um tento do brasileiro Jô Batista.

Com este resultado, o Boavista, que somou o segundo jogo consecutivo sem vencer no campeonato, está no 11.º lugar, com 21 pontos e menos um jogo, enquanto o Desportivo de Chaves, que não vence há quatro jogos na I Liga, é oitavo, com 22 pontos.


I Liga / Boavista - Desportivo de Chaves (ficha)

Boavista e Desportivo de Chaves empataram hoje 1-1, em jogo da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Porto.

Jogo no Estádio do Bessa, no Porto.

Boavista - Desportivo de Chaves, 1-1.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores:

1-0, Yusupha, 27 minutos.

1-1, Jô Batista, 88.

Equipas:

- Boavista: Rafael Bracali, Pedro Malheiro (Reggie Cannon, 90), Vincent Sasso, Rodrigo Abascal, Bruno Onyemaechi, Sebastián Pérez (Masaki Watai, 79), Gaius Makouta, Ibrahima Camará, Bruno Lourenço (Róbert Bozeník, 90), Ricardo Mangas (Kenji Gorré, 68) e Yusupha.

(Suplentes: João Gonçalves, Reggie Cannon, Kenji Gorré, Róbert Bozeník, Masaki Watai, Ilija Vukotić, Salvador Agra, Martim Tavares e Luís Santos).

Treinador: Petit.

- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Habib Sylla, Carlos Ponck, Nélson Monte, Bruno Langa, Nwankwo Obiora (João Mendes, 57), João Teixeira (Steven Vitória, 90+3), Jonny Arriba (Euller Silva, 57), Ricardo Guima, Issah Abass (Luther Singh, 57) e Juninho Vieira (Jô Batista, 83).

(Suplentes: Gonçalo Pinto, Luther Singh, João Mendes, Sandro Cruz, Euller Silva, Steven Vitória, Hélder Morim, Benny Sousa e Jô Batista).

Treinador: Vítor Campelos.

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Gaius Makouta (32), Ricardo Guima (66), Euller Silva (70), Bruno Onyemaechi (70), Nélson Monte (81) e Jô Batista (89).

Assistência: 3.995 espetadores.


COMENTÁRIO: Chaves castiga adormecimento do Boavista com empate perto do fim

Um golo tardio do suplente Jô Batista ditou hoje o empate 1-1 do Desportivo de Chaves no terreno do Boavista, no encontro de encerramento da 17.ª jornada da I Liga de futebol, punindo o adormecimento ‘axadrezado’ depois do intervalo.

No Estádio do Bessa, no Porto, o substituto do brasileiro Juninho demorou cinco minutos para resgatar a igualdade, aos 88, e camuflar uma prestação descolorida dos flavienses, que estiveram em desvantagem desde o tento inaugural do gambiano Yusupha, aos 27.

O Desportivo de Chaves chegou ao terceiro empate a uma bola seguido na prova e não vence há quatro duelos, mas isolou-se na oitava posição, com 22 pontos, um acima do Boavista, 11.º, que adiou o regresso aos êxitos e apenas completará a primeira volta em 09 de fevereiro, quando visitar o Estoril Praia, num confronto em atraso da 14.ª jornada.

Sem alterações face ao ‘onze’ da derrota em Braga (0-1), na ronda anterior, os anfitriões conjugaram pressão alta e intensidade na perda de bola para condicionar os flavienses, que resgataram Carlos Ponck e Jonny Arriba em relação ao empate com o Arouca (1-1).

As primeiras sensações de perigo na área transmontana surgiram através da cabeça de Vincent Sasso, que emendou para fora um cruzamento na esquerda de Bruno Lourenço, aos 10 minutos, e outra solicitação similar de Pedro Malheiro no flanco contrário, aos 24.

O lateral direito do Boavista voltaria a estar em evidência três minutos depois, ao cruzar rasteiro para servir Yusupha, que apareceu na área de rompante e abriu o marcador de modo caricato, com o esférico a passar por entre as pernas do guarda-redes Paulo Vítor.

O conjunto de Petit castigava a abordagem passiva do Desportivo de Chaves, que atingiu o intervalo sem quaisquer aproximações à baliza de Rafael Bracali, enquanto o gambiano (30 minutos) e Gaius Makouta (39) ameaçavam nas alturas o 2-0, Ponck intercetava um ‘tiro’ com ‘selo’ de golo de Rodrigo Abascal (35) e Ricardo Mangas atirava por cima (43).

Um remate de longe de Yusupha, desta feita controlado por Paulo Vítor, aos 50 minutos, indiciou uma tendência intacta no regresso dos balneários, motivando Vítor Campelos a introduzir João Mendes, Euller Silva e Luther Singh a caminho da derradeira meia hora.

Os flavienses soltaram-se finalmente de amarras defensivas e foram crescendo no último terço, com Rafael Bracali a voar para deter um remate em arco de João Teixeira, aos 75 minutos, agarrando igualmente um pontapé frontal de Singh, assistido por Euller, aos 87.

No minuto seguinte, João Teixeira levantou um canto na esquerda e Carlos Ponck impôs-se ao primeiro poste, tocando para a conclusão à meia-volta de Jô Batista, que confirmou o ‘salto’ do Desportivo de Chaves para a metade superior da tabela à custa do Boavista.



I Liga / Boavista - Desportivo de Chaves (declarações)

 Declarações após o jogo Boavista-Desportivo de Chaves (1-1), da 17.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje no Porto:

- Petit (treinador do Boavista):

“Foi uma boa primeira parte da nossa parte, com grande intensidade e muita qualidade na circulação de bola. Concedemos poucas chances ao adversário de chegar à baliza. Tivemos inúmeras oportunidades em que poderíamos ter marcado antes do nosso primeiro golo, como quatro ou cinco dentro da pequena área.

Com o desgaste pela intensidade que metemos na primeira parte, começámos a perder alguns lances na nossa saída de bola e o Desportivo de Chaves ganhou algum fulgor na segunda parte. Houve uma reação normal do oponente, que chegou ao empate. Tivemos mais duas ou três oportunidades em que podíamos ter definido melhor, mas acho que é um resultado injusto por aquilo que fizemos na primeira parte. Agora, vamos analisar, ver e corrigir certas situações em que não estivemos tão bem ao longo desta segunda parte.

Conto com os jogadores que cá estão, até porque tenho de os trabalhar e melhorar. Que posição reforçaria no mercado de transferências? Não penso nisso. Ficamos por aqui”.

- Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):

“Creio que foi um jogo com duas partes totalmente distintas. Na primeira parte, o Boavista esteve melhor e mostrou mais domínio. Estivemos muito aquém da equipa que somos e poderemos ser. Fomos muito passivos, deixando que o Boavista tivesse mais posse de bola e fosse criando chances.

Na segunda parte, fomos totalmente diferentes e voltámos a ser o Desportivo de Chaves que sempre fomos e queremos ser nesta segunda parte do campeonato. Dominámos por completo e empatámos, sendo que, antes disso, o Rafael Bracali tinha feito duas defesas de golo. Talvez o Bracali tenha somado defesas com maior grau de dificuldade. Por isso, penso que é um resultado justo, mas, a haver um vencer, seria o Desportivo de Chaves.

Até ao fecho do mercado de transferências tudo pode acontecer. Gostaríamos de contar com todos os jogadores que temos e sei que a administração está atenta. Já chegou o João Pedro para nos vir ajudar. Talvez ainda chegue mais alguém, mas temos de estar contentes e potenciar os atletas que temos, pois foram eles que nos trouxeram até aqui.

Nesta altura, temos 22 pontos. Ficámos a dois da melhor pontuação de sempre do clube na primeira volta, mas temos de manter os pés bem assentes na terra, trabalhar muito e ser esta equipa que fomos na segunda parte em termos de agressividade competitiva. O campeonato é longo e ainda faltam muitos pontos, que irão ficar cada vez mais caros.

Apesar de termos feito nove jogos fora na primeira volta, dos quais pontuámos em seis, é certo que em nossa casa temos deixado escapar vitórias, apesar de termos estado em vantagem na maior parte dos jogos. Temos falado e refletido muito sobre isso. Vencemos nos estádios de Sporting de Braga e Sporting. Talvez os níveis de concentração nesses jogos sejam mais elevados e levam-nos a conseguir segurar a vantagem. Em casa, por um ou outro motivo, temos perdido pontos em algumas distrações ou lances individuais”.



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