A Câmara de Chaves vai criar uma equipa de apoio às empresas em cooperação com associações e instituições locais para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 e promover a recuperação económica, adiantou hoje à Lusa o presidente.

“Pretendemos criar um gabinete para dar consultadoria, assessoria e difundir alguma informação para que esta possa chegar a potenciais interessados”, realçou o autarca de Chaves, no distrito de Vila Real, Nuno Vaz.

Este gabinete constituído por uma equipa de apoio, chamado “Chaves Empreende”, será direcionado às micro e pequenas e médias empresas da região com o objetivo de ajudar a “mitigar os efeitos da crise e promover a recuperação económica”.

Para Nuno Vaz, devido à pandemia de covid-19 têm sido publicados um conjunto de diplomas, quer de saúde, quer de economia, que deve ser organizado para atingir os potenciais interessado.

“O que acontece é que quem mais precisa é quem menos informação tem”, destaca.

A iniciativa pretende juntar associações da região como a Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) ou a Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), mas também instituições como o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Segurança Social.

“Pode estender-se a estas associações para que possamos dar informação e criar os canais adequados e poder desenhar algum projeto ou iniciativa”, explicou Nuno Vaz.

Segundo o presidente da ACISAT, Vítor Pimentel, há cerca de 400 associados que estão a ser afetados pelos efeitos económicos da pandemia, e que no total do Alto Tâmega, o número estende-se a mais de mil empresas afetadas.

“A maioria da nossa economia funciona à base do pequeno comércio e está de portas fechadas. Há uma série de setores onde não foram dadas resposta, pois foram apresentadas medidas mas algumas são muito burocráticas e é difícil chegar a elas”, sublinhou Vitor Pimentel à agência Lusa.

O autarca acrescentou que o “Chaves Empreende” será também voltado para eventuais fundos comunitários que possam vir a ser criados para o apoio às empresas devido à pandemia, acrescentou.

Nuno Vaz explicou ainda que o gabinete será composto por técnicos municipais da área da gestão e economia, mas também com elementos das instituições parceiras e ainda de outros voluntários que se possam ajudar.

Esta iniciativa está inserida num conjunto de medidas económicas e financeiras lançadas pela Câmara de Chaves de apoio a cidadãos e empresas afetadas pela pandemia de covid-19 que podem atingir cerca de um milhão de euros.

Para Vítor Pimentel, neste momento associações e instituições devem estar “todas do mesmo lado para apoiar a economia local”.

“Estamos disponíveis para todas as iniciativas que apoiem a economia local. As medidas económicas e financeiras anunciadas pelo presidente da Câmara são boas e vão de encontro às que já tinha proposto anteriormente publicamente”, vincou o responsável.

Apesar de já terem sido lançadas medidas de apoio financeiro e económico pela tutela, segundo o líder da ACISAT, este apoio devia ter “uma compensação direta e não devia passar pela banca”.

“Era uma forma de o Estado controlar o dinheiro, fazê-lo chegar a quem efetivamente precisa que o processo seja mais rápido e menos burocrático. Tenho dúvidas que as pequenas empresas vejam este dinheiro”, apontou.

A ACISAT, que decidiu não cobrar as quotas a todos os associados em abril e maio, participa também numa iniciativa na rede social Facebook que divulga ao comércio e empresas em funcionamento com ‘take-away’ ou entregas ao domicílio no concelho de Chaves durante a pandemia, como restauração, bens alimentares ou farmácias.



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