A Câmara de Chaves está a trabalhar em “estreia cooperação” com as forças de segurança, mas apela à “alocação de mais recursos” para fiscalização das quarentenas e controlo das fronteiras, disse hoje à Lusa o presidente.
“A avaliação que faço é que se devem alocar mais recursos à fiscalização relativamente às obrigações de permanência nas habitações dos emigrantes de regresso ao país e devia-se encontrar uma solução para o controlo sanitário nas fronteiras terrestres”, adiantou o autarca de Chaves, Nuno Vaz, acrescentando que deve ser chamado o Exército para estas situações.
Na terça-feira, o presidente da Câmara de Chaves, no distrito de Vila Real, promoveu uma reunião com o comandante da GNR e PSP de Chaves, e ainda com o responsável do SEF a nível distrital, para “avaliar de que forma está a ser feito o controlo das fronteiras” face à pandemia da covid-19.
O autarca chamou a atenção para o facto de existir apenas “um controlo meramente administrativo”, em que se verifica apenas a nacionalidade ou o motivo de quem passa a fronteira que liga o concelho de Chaves, em Vila Verde da Raia, à Galiza, em Espanha.
Na reunião, Nuno Vaz alertou para a “possibilidade de entrarem cidadãos nos transportes de mercadorias” o que pode aumentar “o risco de contágio”.
Para o presidente da Câmara de Chaves, apesar de estar “montada uma estratégia”, há sempre “alguma insuficiência de meios”.
Rui Vaz manifesta preocupação “sobretudo” com a fiscalização e verificação de permanência das habitações por parte dos emigrantes.
“Não há capacidade para fazer essa avalização com a chegada de centenas de emigrantes e é feita uma fiscalização muitas vezes em função de uma denúncia, através de um processo construído com os presidentes da junta de freguesia”, sublinhou.
Nuno Vaz pediu ainda que o Exército seja chamado para auxiliar as forças de segurança na fiscalização à obrigação de permanência nas habitações.
“Isso pode ser feito incrementando e alocando mais forças e meios e porque não os militares, que já fazem ações de prevenção e cooperação no combate aos incêndios, porque não entender que neste contexto de emergência o exército pode ser uma solução para a fiscalização”, atirou.
Reconhecendo a falta de meios, o autarca elogiou a “relação de cooperação entre todas as instituições”, como a Câmara de Chaves, as juntas de freguesias do concelho e as autoridades presentes.
O município transmontano disponibilizou ainda todos os meios logísticos disponíveis, acrescentou.