O FC Porto venceu hoje por 1-0 na receção ao Desportivo de Chaves, na 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, e regressou aos triunfos no último jogo de 2023, igualando provisoriamente o Sporting.
O Desportivo de Chaves perdeu pela terceira jornada consecutiva e fecha o ano civil na condição de 18.º e último classificado, com 10 pontos, dois abaixo da zona de salvação.
No Estádio do Dragão, o FC Porto marcou o único golo da partida aos 58 minutos, através do defesa João Mário, regressando aos triunfos na prova depois da derrota em Alvalade.
Com esta vitória, os ‘dragões’ estão em terceiro lugar, com 34 pontos, os mesmos do Sporting, que apenas joga sábado, e a dois do líder provisório Benfica, enquanto o Desportivo de Chaves averbou a terceira derrota seguida e fecha o ano em último, com apenas 10 pontos.
I Liga/ FC Porto - Desportivo de Chaves (ficha)
O FC Porto venceu hoje o Desportivo de Chaves, por 1-0, em jogo da 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou no Porto.
Jogo disputado no Estádio do Dragão, no Porto.
FC Porto – Desportivo de Chaves, 1-0.
Ao intervalo: 0-0.
Marcador:
1-0, João Mário, 58 minutos.
Equipas:
- FC Porto: Diogo Costa, João Mário (Grujic, 87), Zé Pedro, Fábio Cardoso, Wendell (João Mendes, 80), Pepê, Alan Varela (Evanilson, 62), Eustáquio, André Franco, Taremi (Galeno, 61) e Toni Martínez (Francisco Conceição, 62).
(Suplentes: Cláudio Ramos, Grujic, Francisco Conceição, Iván Jaime, Namaso, Romário Baró, Evanilson, João Mendes e Galeno).
Treinador: Sérgio Conceição.
- Desportivo de Chaves: Rodrigo, Bruno Rodrigues, Guima, Bruno Langa, João Correia (Carraça, 79), Morim (Cafu Phete, 70), Kelechi (Benny, 62), Sandro Cruz, Sanca (Paulo Victor, 70), Hector (Jô Batista, 62) e Rúben Ribeiro.
(Suplentes: Hugo, Carraça, Steven Vitória, Cafu Phete, Benny, João Pedro, Paulo Victor, Lameiras, Jô Batista).
Treinador: Moreno.
Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Rúben Ribeiro (25), Toni Martínez (41), Bruno Rodrigues (50), Alan Varela (51), João Correia (75), Paulo Victor (85), Sandro Cruz (88) e Fábio Cardoso (89).
Assistência: 41.529 espetadores.
COMENTÁRIO:
FC Porto desbloqueia lanterna-vermelha Chaves em nova noite trémula
O FC Porto suou hoje para se impor na receção ao lanterna-vermelha Desportivo de Chaves (1-0), da 15.ª jornada da I Liga de futebol, respondendo com hesitações ao desaire consentido há quase duas semanas frente ao Sporting (0-2).
No Estádio do Dragão, no Porto, o defesa direito João Mário desbloqueou a resistência flaviense, aos 58 minutos, e impediu que os anfitriões voltassem a ceder em casa com o último classificado, tal como já tinha sucedido diante do Estoril Praia (0-1), na 10.ª ronda.
O FC Porto regressou aos êxitos no campeonato e mantém-se no terceiro lugar, com 34 pontos, os mesmos do Sporting, que visita o Portimonense no sábado, e a dois do líder provisório Benfica, apesar da exibição enfadonha perante a equipa mais batida da prova.
O Desportivo de Chaves perdeu pela terceira jornada consecutiva e fecha o ano civil na condição de 18.º e último classificado, com 10 pontos, dois abaixo da zona de salvação.
Em relação ao triunfo caseiro (2-1) sobre o Leixões, da II Liga, na despedida da Taça da Liga, Sérgio Conceição devolveu Diogo Costa, Wendell, Alan Varela, Eustáquio, Pepê e Taremi à titularidade e voltou a usar de início Toni Martínez quase quatro meses depois.
O domínio ‘azul e branco’ intercalou-se logo no início com uma homenagem dos adeptos ao presidente do FC Porto, Pinto da Costa, que tinha festejado 86 anos na véspera e foi saudado com um pano nas bancadas, cânticos e fogo-de-artifício no exterior do estádio.
Balanceados no meio-campo do Desportivo de Chaves, os anfitriões foram pecando no critério com bola e precisaram de 31 minutos para abalar a coesão transmontana, vendo Sandro Cruz a afastar um pontapé de Eustáquio do alcance da baliza de Rodrigo Moura.
Sem cinco titulares da derrota na receção ao Casa Pia (1-3), da última ronda da I Liga, o conjunto de Moreno Teixeira jogava encolhido, mas esteve perto do golo aos 40 minutos, quando Héctor Hernández vacilou na emenda ao primeiro poste à solicitação de Kelechi.
Os ‘dragões’ ripostaram a caminho do intervalo, fruto de um remate de Pepê cortado em cima da linha de golo por João Correia, e forçaram o ritmo no reatamento, com Taremi a desperdiçar um passe em rutura do extremo brasileiro em zona frontal, aos 55 minutos.
Maior frieza expressou João Mário, ao rececionar nova iniciativa de Pepê, fletir da direita para dentro e inaugurar o marcador com um remate colocado e rasteiro, aos 58 minutos, serenando os vice-campeões nacionais com o seu primeiro golo em mais de 11 meses.
Rodrigo Moura manteve a diferença tangencial em finalizações de André Franco, com o recém-entrado Francisco Conceição a rasar o alvo na insistência, aos 68 minutos, e de Pepê, aos 70, enquanto o Desportivo de Chaves refrescava setores e corria mais riscos.
Benny acertou de cabeça na quina da baliza do FC Porto, após centro de Rúben Ribeiro, aos 81 minutos, e Jô Batista esbarrou na segurança de Diogo Costa, já aos 90+2, sem beliscar o êxito ‘azul e branco’, que João Mendes ainda tentou ampliar de longe, aos 89.
I Liga / FC Porto - Desportivo de Chaves (declarações)
Declarações após o jogo FC Porto-Desportivo de Chaves (1-0), da 15.ª jornada da I Liga de futebol, disputado na sexta-feira no Porto:
- Sérgio Conceição (treinador do FC Porto):
“Entrámos bem. Previa que o Desportivo de Chaves tivesse mudado o seu sistema habitual. Pelo passado recente, achava que eles poderiam vir com uma linha de seis unidades atrás, para além de terem uma presença importante no corredor central, cenário que dificultou a nossa vida em termos ofensivos.
Tivemos o controlo do jogo e criámos situações para fazer golos na primeira parte. Não conseguimos, mas entrámos no segundo tempo com a mesma intenção e intensidade, quebrada com quedas [de adversários]. É algo que já estamos habituados e faz parte da estratégia, sabendo que o FC Porto é uma equipa com intensidade e ritmo alto no jogo.
Fizemos um golo. Havia um plano inicial e outro durante o jogo, prevendo o desgaste do Chaves com a entrada de alas diferentes, como o Francisco Conceição e o Galeno. Não deixei de o fazer, mesmo estando em vantagem, até porque queríamos fazer mais golos.
Depois, houve uma reação normal do opositor. Por algum demérito nosso, não fizemos o segundo e o terceiro golos, que nos dariam essa tranquilidade. Houve também demérito da terceira equipa [a de arbitragem], na minha visão. Existiram lances muito duvidosos.
[regresso de Toni Martínez à titularidade quase quatro meses depois] Teve a ver com o trabalho dele e a estratégia para o jogo. O Evanilson iniciou a semana com queixas, não treinou logo no primeiro dia de preparação para este duelo e os jogadores dão respostas nos treinos. Toda a gente é importante dentro do seu papel e, depois, cabe-me escolher.
[ausência de Zaidu das opções] Achei que era jogo para o Wendell e fazia sentido que o João Mendes estivesse no banco de suplentes, visto que o Zaidu não estará connosco a partir de amanhã [sábado]. Agora, querem saber do sorriso dele para o Paulinho [após a derrota frente ao Sporting, na ronda anterior]? O Zaidu é talvez o jogador mais puro que apanhei nos seus sentimentos e na maneira como lida com as outras pessoas. É um ser humano fantástico. Por isso, deixem lá as equipas B e os castigos. Não há nada disso”.
- Moreno Teixeira (treinador do Desportivo de Chaves):
“A estratégia era tentar estarmos vivos ao longo dos 90 minutos, porque sabíamos que teríamos as nossas oportunidades.
Sem bola, estivemos organizados e a fazer aquilo que trabalhámos. Terei de reconhecer que teríamos de fazer mais com bola. Os espaços estavam identificados, mas faltou-nos algum discernimento, que é necessário neste tipo de duelos, para definir o último passe.
Penso que as vitórias morais não dão nada às equipas. É óbvio que prefiro perder desta maneira do que contra o Estoril Praia, em Guimarães ou em Faro, mas poderíamos ter levado pontos daqui, pois construímos, pelo menos, duas boas ocasiões para empatar.
O último lance do jogo [na área do FC Porto] é muito duvidoso. Já vi a imagem, estou a falar de forma bem consciente e não de cabeça quente e parece-me claramente penálti.
Provavelmente, por aquilo que o oponente fez, o empate não era o resultado mais justo, mas a nossa estratégia era poder acontecer aquilo que se passou nos últimos minutos.
[previsões para 2024] Não escondo e serei o mais sério possível com os associados do Chaves: será um ano difícil. Logo em janeiro, vamos perder três atletas importantes, tais como Bruno Langa, João Correia e Ricardo Guima, para a Taça das Nações Africanas. Temos jogadores lesionados e estamos numa situação desconfortável na classificação”.