O Sporting venceu hoje em casa do Desportivo de Chaves, por 3-2, em jogo da 21.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, mantendo os oito pontos de atraso para o Sporting de Braga, terceiro classificado.
Após a derrota com o FC Porto (3-1), para o campeonato, e o empate com o Midtjylland (1-1), na Liga Europa, os 'leões' voltaram a triunfar, graças a um 'bis' de Pedro Gonçalves (08, de penálti, e 61 minutos) e um golo de Nuno Santos (70), com João Teixeira (34) e Héctor Hernández (90+6) a marcarem para os flavienses.
O Sporting, que desperdiçou uma grande penalidade, por Chermiti (85), mantém-se no quarto posto, com 41 pontos, a oito do Sporting de Braga, que ocupa a última vaga de acesso à Liga dos Campeões, enquanto o Desportivo de Chaves é 11.º, com 26.
I Liga/ Desportivo de Chaves – Sporting (ficha)
O Sporting venceu hoje o Desportivo de Chaves, por 3-2, em jogo da 21.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.
Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.
Desportivo de Chaves – Sporting, 2-3.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
0-1, Pedro Gonçalves, 08 minutos (grande penalidade)
1-1, João Teixeira, 34 minutos
1-2, Pedro Gonçalves, 61 minutos
1-3, Nuno Santos, 70 minutos
2-3, Héctor, 90+6 minutos.
Equipas:
- Desportivo de Chaves: Rodrigo, Habib Sylla, Ponck, Steven Vitória, Sandro Cruz, João Pedro, João Mendes (Héctor, 60), Abass Issah (Guima, 60), João Teixeira (Jô Batista, 80), Euller (Luther, 80) e Juninho (Benny, 80)
(Suplentes: Gonçalo Pinto, Nélson Monte, Luther, Guima, Héctor, Queirós, Guilherme Silva, Benny, Jô Batista)
Treinador: Vítor Campelos
- Sporting: Adán, Gonçalo Inácio, Coates, Ousmane Diomandé (St. Juste, 71), Bellerín, Pedro Gonçalves, Ugarte (Tanlongo, 80), Nuno Santos, Edwards (Arthur, 71), Paulinho (Chermiti, 80) e Trincão (Morita, 60)
(Suplentes: Franco Israel, Matheus Reis, St. Juste, Morita, Fatawu, Tanlongo, Arthur, Ricardo Esgaio, Chermiti)
Treinador: Rúben Amorim
Árbitro: António Nobre (AF Leiria)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Pedro Gonçalves (20), Sandro Cruz (51), Ugarte (68), Bellerín (86), Habib Sylla (90+1)
Sporting ‘reverte’ a história e regressa aos triunfos em Trás-os-Montes
O Sporting venceu hoje o Desportivo de Chaves (2-3), em Trás-os-Montes, na 21.ª jornada da I Liga de futebol, num encontro em que Pedro Gonçalves ‘bisou’ e Chermiti falhou uma grande penalidade.
O Sporting apresentou-se em Chaves com cinco finalizadores no ‘onze’ para diferentes zonas da área, numa clara aposta na frente de ataque, fazendo antever que queria regressar às vitórias naquele que foi o jogo 100 de Rúben Amorim como treinador dos ‘leões’.
Contudo, a tarefa foi sendo dificultada pelos transmontanos que, após sofrerem o primeiro golo, aos oito minutos, carimbado pelo conterrâneo Pedro Gonçalves, que viria a ‘bisar’, aos 61, souberam contornar a desvantagem e responder ‘à letra’, empatando a partida ainda no primeiro tempo, com um golo de fora de área de João Teixeira (34).
Mas foram os ‘leões’ a entrar melhor em campo e a registar várias tentativas de chegar à baliza dos visitados, por intermédio de Nuno Santos e de Pedro Gonçalves, valendo os sucessivos cortes da defensiva transmontana.
Aos sete, Rodrigo derrubou Paulinho na área e o árbitro assinalou grande penalidade a favor do Sporting após analisar as imagens do videoárbitro (VAR), que foi exemplarmente cobrada pelo vidaguense Pedro Gonçalves.
Aos 19, os transmontanos protagonizaram o primeiro lance ofensivo digno de registo, mas o remate de Euller saiu contra Pedro Gonçalves, situação que levou os transmontanos a reclamar penálti, ainda que sem sucesso.
Dois minutos depois, João Mendes recuperou o esférico bem perto da área ‘leonina’, mas o remate saiu à figura de Adán.
Do lado do Sporting, aos 24, Pedro Gonçalves tentou o remate de fora de área, mas a bola acabou por sair ao lado das redes guardadas por Rodrigo. Logo depois, Paulinho teve tudo para marcar, mas o ponta de lança acertou em cheio na barra.
Aos 28 minutos, o Desportivo de Chaves voltou a tentar a sorte, com Juninho a chegar isolado à área do Sporting, mas Adán estava atento e concretizou uma defesa fulcral.
Mas o golo não tardou e acabou por ser o capitão dos visitados, João Teixeira, assistido por Sandro Cruz, a empatar com um remate de fora da área, aos 34, sem hipóteses para o guardião dos ‘leões’.
A resposta dos visitantes surgiu pouco depois, primeiro com Bellerín (41) e, depois, por intermédio de Nuno Santos (43), que tentou o golo de fora da área, mas, mais uma vez, a defensiva transmontana estava atenta.
Em cima dos 45, Euller viu um golo invalidado pelo árbitro por fora de jogo de Abass e, logo depois, Steven Vitória cabeceou ao lado da baliza de Adán.
A etapa complementar começou em força, com o Sporting à procura do segundo, que chegou a apontar logo aos 46 minutos, mas o golo foi invalidado por fora de jogo.
Dois minutos depois, João Mendes cruzou com perigo para Juninho, depois de ganhar a linha, mas Adán impediu os transmontanos de ficarem em vantagem.
Aos 50, foi a vez de Rodrigo negar o golo aos ‘leões’, depois de Edwards ter concretizado um passe que isolou Nuno Santos: o ala tentou ‘picar’ o esférico, mas o guardião puxou do braço direito para ‘matar’ o lance.
Pouco depois, Paulinho viu novamente um golo anulado (55) após cruzamento de Nuno Santos, que voltou a estar em posição de fora de jogo.
Mas o segundo dos ‘leões’ não tardou e acabou mesmo por ser Pedro Gonçalves, novamente, a colocar os visitantes em vantagem (61), com um remate de fora da área.
Aos 70, Nuno Santos atirou a contar, depois de a bola ter desviado num defesa dos flavienses e enganado Rodrigo Moura, que sofreu o terceiro golo no encontro que marcou a sua estreia na I Liga.
A partir deste momento, o Desportivo de Chaves demonstrou dificuldades em conseguir transitar da defesa para o ataque, enquanto o Sporting procurou aumentar a vantagem no marcador, o que se tornou impossível, sobretudo após Chermiti, a quem Pedro Gonçalves concedeu a oportunidade de marcar, ter falhado um penálti (84) a favor dos ‘leões’.
Golos, só mesmo para o lado dos transmontanos, que reduziram a desvantagem aos 90+6, por intermédio de Héctor Hernández, que regressou após lesão prolongada.
Com esta vitória, o Sporting ‘segurou’ o quarto lugar, com 41 pontos, e o Desportivo de Chaves mantém, por agora, em 11º, com 26 pontos, em igualdade com o Boavista, o Vizela e o Portimonense.
Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Sporting (2-3), da 21.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje, em Chaves:
- Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):
“Não bastou ter um grande guarda-redes e um guarda-redes grande. Creio que não entrámos bem no jogo. O Sporting entrou forte, entrou dominador [e] acabou por chegar ao golo no penálti. Logo a seguir, teve uma transição em que podia ter feito o 2-0, mas penso que a partir daí nós ajustámos a nossa forma de pressionar, com os alas mais subidos para pressionar os centrais que jogam mais nos corredores do Sporting.
Ainda antes de termos feito o golo, tivemos uma excelente oportunidade do Juninho que apareceu, também, isolado na cara do guarda-redes e podia ter feito o primeiro golo. Creio que, a partir do meio da primeira parte, equilibrámos o jogo.
No intervalo, falámos que teríamos de continuar com a mesma toada. Aquilo que tínhamos falado e que tínhamos melhorado, ao longo da primeira parte, era para continuar a fazer e continuámos [a pressionar], mas depois acabámos por sofrer dois golos muito consentidos.
O primeiro golo muito consentido, o Pote [Pedro Gonçalves] levou a bola, conduziu, conseguiu rematar sem que ninguém fizesse oposição e, depois, sofremos o terceiro golo num lance que é um canto a nosso favor e, numa transição, sofremos golo. Por isso, foram dois golos muito, muito consentidos.
É certo que o Sporting é uma equipa forte, é uma equipa que tem bons jogadores, mas, no cômputo geral, depois ainda acabámos [por] fazer o 3-2, que gostaríamos de ter feito mais cedo [e] poderíamos ainda discutir o resultado.
O Sporting hoje esteve muito bem e nós estivemos aquém daquilo que podemos e devemos fazer, até porque errámos muitos passes e não é natural na nossa equipa errar tantos passos, mas de realçar a atitude e a determinação dos nossos jogadores, porque isso é inegociável e eles deixam sempre tudo dentro do campo.
Realçar, também, que do primeiro jogo em Alvalade para este jogo tínhamos dois jogadores que jogaram em Alvalade a titulares. Por isso, hoje tínhamos nove jogadores diferentes no ‘onze’ inicial, mas o que o que também demonstra que todos, quando jogam, deixam sempre tudo dentro do campo, o que é algo que é característica dos valentes transmontanos, porque deixam sempre tudo e dão sempre tudo. Claro que não era o resultado que queríamos, mas temos de melhorar coisas [em] que estivemos menos bem e potenciar outras coisas que fizemos positivas”.
- Rúben Amorim (treinador do Sporting):
“Marcámos golos, desbloqueámos o jogo e, depois, pareceu-me a mim que podíamos ter mantido mais a bola. A partir daí, tendo o golo, abrindo o jogo, podíamos ter puxado mais o Chaves. Começámos a complicar um bocadinho com a bola e, depois, em algumas transições, uma falta rápida a isolar um jogador do Chaves e essas coisas criam-nos alguma desconfiança. Mesmo assim, tivemos sempre o jogo, quanto a mim, controlado, criámos várias oportunidades outra vez e fomos para o intervalo. Eu acho que merecíamos já estar em vantagem.
Na segunda parte, voltámos um bocadinho mais defensivamente àquilo que nós somos, mais no nosso sistema, criámos oportunidades, tivemos a bola e, depois, quando marcámos e tivemos em vantagem, fomos um bocadinho mais recolhidos do que habitualmente, e isso também nos cria espaço sobre os adversários.
Acaba por ser uma vitória justa, que acaba como um reflexo um bocadinho da época, em que o jogo está controlado, um cruzamento, um golo e nós não sabemos o que é que pode acontecer e, portanto aí, volto a dizer, temos que melhorar, porque até o árbitro apitar, esteja a vantagem de dois golos, três, quatro [há jogo]. Neste momento, nós não podemos facilitar em nada.
(O que tem faltado ao Sporting) Neste mês, jogámos com o [Sporting de] Braga, jogámos muito bem, jogámos na Taça da Liga, toda a gente o disse, jogámos muito bem até à expulsão. Não jogámos tão bem em casa com o FC Porto, mas fomos a equipa mais dominadora, quanto a mim, menos adulta, menos consistente nos detalhes, sim.
A verdade é que jogámos mal nesta quinta-feira, jogámos literalmente mal, e a última imagem é que fica. Agora, a forma como nós entrámos [hoje] e como jogámos futebol quer na primeira parte, quer na segunda, reflete a forma como nós jogamos. Também reflete a forma como nós, não matando o jogo, criamos sempre problemas a nós próprios.
Portanto, as coisas boas a tirar: tem muito dos outros jogos, criámos oportunidades, temos consistência de jogo, temos o controlo do jogo. Coisas más: sofrer dois golos, um de um remate de fora da área, outro num cruzamento já com o jogo a acabar, onde nós devemos pressionar a bola onde estamos, onde não estamos a correr para trás, estamos posicionados, onde facilitamos, num metrinho ou no outro para fechar o jogador, o avançado e, portanto, há coisas boas, como sempre, e coisas más a tirar.
Acima de tudo, olhar para a forma como jogámos hoje, foi com as nossas características, na quinta-feira [para a Liga Europa] não. Estávamos desconfiados de tudo, muito ansiosos, e isso foi uma melhoria”.