Chaves quebra o enguiço e ganha pela primeira vez em casa desde que regressou à I Liga, ganha ao Gil Vicente por 3 a 1 e sobe ao nono lugar da Liga Portugal com 15 pontos.

O Desportivo de Chaves venceu hoje pela primeira vez em casa na I Liga de futebol, ao conseguir a reviravolta no marcador na segunda parte para impor-se ao Gil Vicente por 3-1, em jogo da 10.ª jornada.

Os gilistas inauguraram o marcador, aos 25 minutos, através de Fran Navarro, mas, já em inferioridade numérica devido à expulsão de Adrían Marín mesmo antes do intervalo (45+6), permitiram a recuperação dos transmontanos, que chegaram à vitória com golos de João Mendes (46 e 67) e Jonny Arriba (59).

Com o triunfo de hoje, o Desportivo de Chaves soma o terceiro jogo sem perder e sobe, à condição, ao nono lugar do campeonato, com 15 pontos, enquanto o Gil Vicente regista a terceira derrota consecutiva, descendo à 15.ª posição, a primeira acima dos lugares de ‘perigo’, com nove.

 

I Liga/ Desportivo de Chaves – Gil Vicente (ficha)

 

O Desportivo de Chaves venceu hoje o Gil Vicente por 3-1, em jogo da 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.

 

Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.

Desportivo de Chaves – Gil Vicente, 3-1

Ao intervalo: 0-1

 

Marcadores:

0-1, Fran Navarro, 25 minutos.

1-1, João Mendes, 46.

2-1, Jonny Arriba, 59.

3-1, João Mendes, 67.

 

Equipas:

- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Sandro Cruz, Nélson Monte, Steven Vitória, João Correia, João Mendes (Benny, 72), Guima, João Teixeira (Edu, 87), Jonny Arriba (Luther, 87), Héctor (Jô Batista, 90+2), e Abass (Juninho, 72).

(Suplentes: Rodrigo, Luther, Patrick, Juninho, Edu, Ponck, Queirós, Benny, Jô Batista).

Treinador: Vítor Campelos.

- Gil Vicente: Kritciuk, Danilo (Carraça, 88), Lucas, Rúben Fernandes, Adrián Marín, Fujimoto (Mizuki, 68), Vítor Carvalho (Tiba, 81), Matheus Bueno, Murilo (Ali Alipour, 68), Fran Navarro e Bilel (Henrique Gomes, 45).

(Suplentes: Brian, Carraça, Simões, Kevin, Mizuki, Tiba, Ali Alipour, Henrique Gomes, Tomás Araújo).

Treinador: Ivo Vieira.

 

Árbitro: Manuel Mota (AF Braga).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Bilel (33), Ivo Vieira (37), João Mendes (40), Lucas (45+7). Cartão vermelho para Adrián Marín (45+6).

Assistência: 2.794 espetadores.

 

COMENTÁRIO: Chaves tira partido de superioridade numérica e soma primeira vitória em casa

 O Desportivo de Chaves conseguiu arrecadar os primeiros três pontos da época em casa, ao vencer hoje o Gil Vicente (3-1), em encontro da 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, marcado pela expulsão de Adrián Marín.

Os transmontanos entraram melhor em campo, fazendo valer o histórico vantajoso nos duelos frente ao Gil Vicente em casa, com 23 vitórias em 37 jogos. Contudo, os visitantes foram mais eficazes e, numa das progressões ofensivas, aproveitaram um erro do adversário para roubar a bola em zona defensiva e transitar rapidamente para o meio-campo contrário, chegando à vantagem por intermédio de Fran Navarro.

Antes, aos cinco minutos, surgiu a primeira grande oportunidade para o Desportivo de Chaves, que chegou bem perto da baliza adversária por intermédio de João Mendes, que, num contra-ataque estratégico, concretizou um passe em profundidade para o colega Jonny Arriba, mas o avançado espanhol, desmarcado à direita, acabou travado pelo guarda-redes do Gil Vicente.

Aos 12, Héctor Hernández chegou isolado à entrada da grande área, mas rematou rasteiro para as mãos de Kritciuk. Dois minutos depois, do lado contrário, Bilel construiu uma jogada individual, conseguindo fintar a defensiva transmontana e entrar pela direita da grande área, mas a bola terminou a viagem nas mãos de Paulo Vítor.

Haveria de ser Fran Navarro a colocar os visitantes em vantagem, aos 25, ao carimbar o seu sexto golo da época: depois de um primeiro remate de Murilo à entrada da área, defendido por Paulo Vítor, o avançado espanhol não perdoou e, na recarga, marcou o primeiro golo da partida.

Dez minutos depois, o Desportivo de Chaves viu um golo de Abass anulado após análise do videoárbitro (VAR), que determinou que o avançado ganês estava em posição de fora de jogo aquando do cabeceamento de Nélson Monte.

Aos 45+6, o ‘conjunto’ barcelense ficou reduzido a 10 jogadores após expulsão de Adrián Marín, por entrada dura sobre João Correia à entrada da grande área. O árbitro assinalou livre a favor do Desportivo de Chaves, mas a bola batida por Steven Vitória esbarrou contra a defensiva do Gil Vicente. Tempo houve, ainda, para canto a favor dos visitados, mas sem perigo para a baliza da ‘turma’ às ordens de Ivo Vieira, que foi para intervalo em vantagem no marcador.

A superioridade numérica em campo facilitou o arranque da equipa da casa na etapa complementar, marcada por pressão alta ao adversário, que acabou por se concretizar em golo, logo aos 46 minutos, por intermédio de João Mendes, que se estreou a marcar na I Liga após cruzamento rasteiro de Abass.

O segundo a favor do ‘conjunto’ treinado por Vítor Campelos não tardou. Aos 59 minutos, após Issah Abass ter rematado por cima da baliza dos visitantes, Jonny Arriba surgiu ao primeiro poste e colocou a equipa da casa em vantagem após assistência de João Correia.

Aos 67, no seguimento de canto batido por João Teixeira, João Mendes apareceu à entrada da área e marcou o terceiro golo a favor dos transmontanos, encerrando as contas da partida, que permitiu a subida do Desportivo de Chaves ao nono lugar da tabela classificativa, com 15 pontos e três jogos sem perder. O Gil Vicente, por sua vez, não soma pontos há três jornadas consecutivas e é, agora, 15.º classificado.

 

I Liga/ Desportivo de Chaves – Gil Vicente (declarações)

Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Gil Vicente (3-1), da 10.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Chaves:

 

Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):

“Creio que preparámos bem o jogo durante a semana. Sabíamos que íamos defrontar uma equipa bem orientada, que sabe o que faz, com boas individualidades. Sabíamos que teríamos de ser uma equipa no máximo das nossas capacidades, muito concentrada e focada em todos os momentos do jogo.

Creio que entrámos muito bem e tivemos duas ou três situações na ‘cara’ do guarda-redes. O Gil Vicente acabou por chegar à vantagem num momento em que acho que estávamos melhor, a controlar o jogo. Depois, surge a expulsão, mas, ainda antes disso, tínhamos tido várias oportunidades em que podíamos ter marcado e adiantado o marcador mais do que uma vez.

Ao intervalo, falámos que teríamos de ser a mesma equipa que tínhamos sido na primeira parte durante a segunda parte. Algumas das vezes, quando o treinador chega ao balneário ao intervalo, sente a necessidade de dar um raspanete ou um ‘abre olhos’ aos jogadores para que eles tenham uma atitude diferente, mas, neste caso, foi mais [para lhes] dar confiança e dizer-lhes que tínhamos de manter a organização, acontecesse o que acontecesse, mesmo que conseguíssemos chegar ao empate e à vantagem porque, só assim, poderíamos vencer o jogo. Tínhamos de acreditar, ser pacientes e trabalhar a bola.

Creio que o facto de termos entrado muito fortes e termos [conseguido] logo o golo do empate ainda deu mais tranquilidade à equipa. Foi um jogo que acabámos por vencer bem, por 3 a 1. Ainda tivemos mais uma ou outra oportunidade flagrante em que podíamos ter marcado, mas, no cômputo geral, creio que fizemos um bom jogo e merecemos inteiramente a vitória.

(Subida ao nono lugar da tabela classificativa) Transporta a mesma responsabilidade que temos tido desde o primeiro treino até agora. Sabemos que quando somos uma equipa muito focada, muito concentrada, que põe em campo a alma transmontana, que somos uma equipa forte.

Temos 15 pontos, sabemos que o caminho ainda é longo e, por isso, temos de somar pontos para chegar ao nosso objetivo primordial, que é consolidar o [Desportivo de] Chaves nesta I Liga. Sabemos que jogando bem estamos mais perto de ganhar e hoje fizemos um jogo fantástico”.

Ivo Vieira (treinador do Gil Vicente):

“Não entrámos bem no jogo. Tínhamos preparado aquilo que era a estratégia nas transições do [Desportivo de] Chaves, onde é muito forte. Sabíamos que, independentemente de ainda não ter ganhado em casa para o campeonato, é uma equipa que oferece dificuldades, que tem qualidade e que nos criou problemas nos primeiros 10 minutos, com duas a três situações perigosas de oportunidades de golo. Depois, estancámos, acabámos por controlar o jogo, ter mais bola e conseguimos entrar em vantagem no jogo.

Até ao final da primeira parte, acho que estávamos a ser consistentes naquilo que era o jogo e confortáveis no mesmo. Obviamente que a saída de um jogador por expulsão condicionou-nos um pouco aquilo que era a estratégia. Sabíamos que o Chaves ia entrar forte para correr atrás do resultado, porque estava em vantagem. Não esperávamos sofrer o golo logo no primeiro minuto [da segunda parte]. Isso pôs aquilo que era o nosso objetivo para o jogo em causa e acabámos por consentir mais dois golos, mas os jogadores trabalharam, lutaram, mesmo com 10, tentaram chegar à frente, mas não fomos capazes de fazer mais golos.

Tenho de assumir aquilo que é o momento da equipa, a falta de produção em termos de resultados dos últimos três [jogos]. Não posso dizer que isto não fere, não chateia, não intranquiliza a equipa, porque acontece, obviamente. São três resultados negativos, mas o que nos resta é trabalhar, fazer mais e melhor, para conseguir resultados diferentes. Não há outra receita”.

 



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