A Câmara de Chaves apresentou um “Roteiro Camoniano” que homenageia Luís Vaz de Camões e quer lançar o debate sobre as origens do poeta, que a população local reivindica estarem relacionadas com este concelho transmontano.

O município do distrito de Vila Real e o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra realizam entre sexta-feira e sábado o encontro temático “A obra, vida e mito: Camões por Chaves”.

Esta semana, a Câmara de Chaves apresentou também o “Roteiro Camoniano” que pretende que seja o “primeiro passo para o lançamento de uma futura rota literária para melhor conhecer aquele que foi o maior poeta de língua portuguesa”.

“Acompanhando a tradição local, de que a família de Camões teve origens em Vilar de Nantes, este será o ponto de partida para uma rota sobre Camões, que chegará aos quatro cantos do mundo, como o próprio Camões chegou, com início em terras de Trás-os-Montes”, afirmou hoje, em comunicado, o vice-presidente da Câmara de Chaves, Francisco Melo.

Trata-se de uma “aposta da autarquia para diversificar a oferta turística no concelho, enriquecendo-a com uma componente de turismo literário”.

A futura rota quer juntar “outros municípios onde Camões terá estado, bem como instituições públicas nacionais”.

De acordo com município, Chaves “faz parte da história e mitologia que acompanham Camões”, razão pela qual se “pretende aflorar a temática com os maiores especialistas nesta área”, que irão apresentar no encontro o “conhecimento já adquirido sobre as origens do poeta”.

A câmara disse que o objetivo é a “procura da verdade” sobre o poeta português que viveu entre 1524 e 1580.

Em algumas notas biográficas sobre o escritor é referido que nasceu em Coimbra ou Lisboa, no ano de 1524.

“Da sua vida pouco se sabe, no entanto, nos testemunhos populares de tradição oral encontramos fortes indícios de que o seu percurso de vida se cruzou com a localidade de residência da sua família”, salientou em comunicado a autarquia.

Acrescentou que os “Camões eram senhores de Vilar de Nantes, onde um edifício em ruínas ainda é hoje conhecido como ‘Casa de Camões’ e pode ter pertencido ao seu avô”.

“Algumas versões da história local apontam como provável local de nascimento de Luís Vaz de Camões essa mesma casa”, referiu ainda o município.

A câmara destacou que a cidade “preserva a memória do poeta, através de várias referências toponímicas, entre elas a maior praça do concelho”.



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