Associação «O Boi do Povo»tinha pedido a realização dos testes de pré-movimentação com intervalo de três meses para a participação dos bois barrosões nas festas de Montalegre .

A Direcção Geral de Veterinária (DGV) considerou esta segunda-feira, «perfeitamente aceitável» a proposta de realização dos testes de pré-movimentação com intervalo de três meses para a participação dos bois barrosões nas tradicionais chegas de bois de Montalegre.

Os organizadores das chegas de bois de Montalegre temem o fim desta tradição por causa das regras impostas para a movimentação dos animais e reivindicaram uma medida de excepção para a realização destes espectáculos que atraem milhares de pessoas.

O veterinário municipal, Domingos Moura, explicou que foram impostas a nível nacional medidas sanitárias que obrigam à realização de exames de pré-movimentação para a deslocação de animais para feiras ou transacções comerciais, as quais abrangem ainda a realização das chegas de bois.

Medidas essas que passam pela colheita mensal de sangue, o que, na opinião de Fernando Moura, um dos responsáveis pela Associação «O Boi do Povo» «espicaça e torna os animais mais agressivos».

A Associação «O Boi do Povo» solicitou à DGV autorização para que a colheitas de sangue aos animais se façam apenas de «três em três meses». Em comunicado enviado à Agência Lusa, a DGV referiu que a proposta «já foi avaliada».

«Tendo em conta a especificidade cultural destes eventos, sob o ponto de vista de avaliação do risco, a proposta é perfeitamente aceitável, desde que o primeiro teste seja realizado antes (no caso, três meses) do início do período habitual de realização das Chegas de Bois, o qual coincide normalmente com o Verão, estação marcada pelo período festivo das aldeias», afirmou a direcção geral.

Contudo, acrescentou que «não bastará a realização dos testes de pré-movimentação». «Haverá sempre que garantir que os animais são provenientes de explorações indemnes ou oficialmente indemnes às doenças referidas», salientou.

De acordo com a DGV, se os animais forem de outros concelhos que não o de Montalegre, «deve ser previamente comunicado aos serviços oficiais quais os animais a deslocar, a fim de ser avaliada a situação epidemiológica da área de proveniência dos mesmos e de se poder confirmar não haver qualquer restrição a colocar à sua movimentação». Uma comunicação que, segundo a DGV deve ser efectuada antes da realização dos testes de pré-movimentação.



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