Produção de batatas, cebolas, melões, melancias, feijão-verde, tomates, favas e ervilhas terá sido destruída por duas eventuais descargas da barragem do Baixo Sabor, aliadas à chuva que se fez sentir ao longo dos últimos dias.

 

Os agricultores do distrito de Bragança, mais precisamente de Vila Flor, contabilizam prejuízos na ordem das dezenas de milhares de euros. Com as suas culturas de produtos hortícolas concentradas numa das zonas mais produtivas da região, o Vale da Vilariça, asseguram que 90 por cento da produção está “inevitavelmente” perdida.

Desolados pelo sucedido, os agricultores queixam-se de duas descargas efetuadas pela Barragem do Baixo Sabor que, alegadamente, terão ocorrido em dias seguidos: quinta e sexta-feira passadas. De acordo com os produtores, as descargas aliadas à chuva intensa que se fez sentir, nomeadamente nesses dias e mesmo durante o fim-de-semana, terão provocado prejuízos que ultrapassam os 50 mil euros.

O desconsolo para os lados do Vale da Vilariça é geral com culturas de batatas, cebolas, melões, melancias, feijão-verde, tomates favas e ervilhas a serem arrasadas pelas águas.

“Desde que me lembro de ser gente, nunca antes isto havia acontecido. Pelo menos, não com esta dimensão”. Quem o garantiu foi um agricultor de Vila Flor que viu os seus terrenos serem submersos pela água, enquanto outro se questionava: ““Tudo ou quase tudo ficou perdido! Não sei o que faça… Quem é k nos vai ajudar agora?”.

“No sábado, o vale da Vilariça parecia um rio. Era só água! Não se via mais nada, nem as batatas”, confidenciou uma produtora, que vê, agora, os seus compromissos de exportação seriamente afetados pelos mais recentes acontecimentos.

Ontem, alguns agricultores ainda tentaram escoar a água das suas propriedades, mas sem sucesso, uma vez que tirada a água, o dano já foi feito e a produção comprometida.

E apesar do nível da água, que alagou dezenas de hectares de culturas agrícolas, já ter começado a descer, ainda assim a destruição provocada pelas chuvas é bem notória.

 

 



PARTILHAR:

I Jornadas do Património Material na Torre D. Chama

Melhor, mas aquém das expetativas