«Um parecer favorável mas condicionado» é como se define a decisão sobre o futuro traçado da auto-estrada n.º 4 (A4) pela Câmara Municipal de Vila Real, uma vez que a solução apresentada «vai afectar directamente a zona industrial, podendo obrigar à destruição de uma fábrica ainda em construção e que irá criar 400 postos de trabalho», disse fonte da Autarquia.
A ideia passa por um a correcção do traçado da via de ligação da A4 à A24, junto à freguesia de Constantim, a exemplo do que já foi feito nas freguesias de Parada de Cunhos e Folhadela, onde uma ligeira correcção de um viaduto de apenas 100 metros para sul permitiu salvar mais de duas dezenas de habitações. Isto depois de protestos levados a cabo pelas populações locais, apoiadas pelo movimento cívico \"Cidadãos por Vila Real\".
Em comunicado, a Autarquia liderada pelo PSD manifestou-se, mais uma vez, \"contra o pagamento de portagem no troço do nó um de Vila Real, como está previsto, mas sim junto à localidade de Parada, \"para que quem circula na área do perímetro urbano não tenhade pagar, como acontece, por exemplo, na zona de Amarante \", referiu o presidente da Câmara, Manuel Martins.
Recorde-se que a associação ambientalista Quercus anunciou, recentemente, que irá proceder judicialmente contra o Estado, pelo que considera \"ilegalidades do traçado\", nomeadamente \"a omissão por completo da destruição da Rede Natura 2000\", conforme disse o dirigente ambientalista, João Branco. Em causa está, sobretudo, a construção de um viaduto junto à cidade de Vila Real, com quase três quilómetros de comprimento e uma altura idêntica à de um prédio de 50 andares, que custará 110 milhões de euros.
O novo troço da A4 deverá ligar Amarante a Vila Real e Bragança até 2012.