As unidades de Saúde Pública do distrito de Vila Real impuseram o isolamento profilático obrigatório de 14 dias para todos os cidadãos que regressem a este território envelhecido provenientes de outras zonas de Portugal ou do estrangeiro.

As unidades de Saúde Pública do Alto Tâmega e Barroso e do Marão e Douro Norte, que abrangem os 14 concelhos do distrito de Vila Real, anunciaram hoje que os cidadãos que regressem do estrangeiro ou de outras zonas do país têm de permanecer em isolamento profilático (quarentena) pelo período de 14 dias a contar do dia de chegada.

A medida visa “a contenção máxima do risco de contágio” da Covid-19.

O distrito de Vila Real é um território envelhecido e de onde partiram muitos migrantes e emigrantes que, agora, por causa da pandemia, estão a regressar à terra natal.

O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, disse à agência Lusa que é “evidente” o regresso de cidadãos em “praticamente todas as localidades do concelho”.

Precisamente, por causa da nova realidade que se está a viver, o autarca deixou um apelo.

“Aos barrosões que vieram dos países estrangeiros onde trabalham, dou as boas vindas e felicito por, dessa forma, reconhecerem que a aldeia donde saíram é o único sítio onde, neste momento, se pode ser feliz. Porém, porque vieram de países onde a propagação do vírus é forte e exponencial, apelo a que façam a obrigatória quarentena dos 14 dias recomendáveis”, afirmou.

O autarca disse que observou um “cumprimento escrupuloso” por parte dos que regressaram do Litoral de Portugal, no entanto referiu que o mesmo não estava a acontecer com os que estavam a vir do estrangeiro.

“Isso estava a ser totalmente contraproducente e entendemos que fazia todo o sentido fazermos essa chamada de atenção que está agora a ser observada por todos, com muito civismo”, salientou.

A quarentena está a ser feita, segundo o presidente, nas casas de cada um.

Orlando Alves disse que, neste município, está planeado o apoio a quem mais precisar e referiu que foi criada uma “linha de emergência para acudir às pessoas que estão indefesas e sem retaguarda familiar”.

“Vivemos um momento parecido a uma guerra feita à escala mundial. A nós, não é exigido que peguemos em armas e avancemos para a frente de batalha. Pelo contrário, apenas é pedido que nos confinemos à nossa casa. Vamos então cumprir e fazer o que nos pedem”, sublinhou.

Portugal encontra-se em estado de emergência e, segundo informou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS), regista seis vítimas mortais e 1.020 casos confirmados de Covid-19.



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