O cinema regressará a Bragança no início de maio, cinco anos depois de a cidade ter perdido esta oferta, com a câmara a assumir o serviço e o preço dos bilhetes a metade dos praticados nos circuitos comerciais.
O anúncio foi feito hoje pelo presidente da câmara, Hernâni Dias, que, depois de outras datas anteriormente avançadas, garantiu estarem já reunidas as condições para voltar a haver projeção de filmes na capital do distrito de Bragança.
As sessões terão lugar no Auditório Paulo Quintela com capacidade para 139 pessoas e cujo edifício, na zona histórica da cidade, sofreu obras no valor aproximado de 270 mil euros, para melhorar as condições de operacionalidade e para a adaptação da sala à projeção de cinema.
O presidente da câmara, afirmou hoje que “a intervenção no auditório está concluída” e que há “apenas pormenores que é necessário ultimar”.
O auditório, que é a “casa” da Assembleia Municipal de Bragança, e parte do edifício que acolhe também o Centro de Fotografia Georges Dussaud estiveram em obras desde novembro de 2016.
O auditório Paulo Quintela já foi utilizado durante o fim de semana na homenagem feita, em Bragança, ao arquiteto Souto Moura.
A sessão solene do 25 de Abril decorrerá também naquela espaço, tal como a próxima sessão da Assembleia Municipal agendada para 28 de abril.
Falta, contudo, segundo o autarca, fazer alguns ajustamentos na componente de projeção de cinema, “para que todos na plateia tenham um plano de visualização total para a tela”.
Hernâni Dias assegurou que “dentro de pouco” tempo estará a ser feita a primeira sessão, apontando para o “início de maio, seguramente”.
O município assegura, desta forma, à semelhança do que acontece noutras câmaras da região, a projeção de cinema à população, por falta de interesse dos privados, acabando por ser as autarquias assumirem “este serviço público”.
O valor do bilhete será ainda definido em reunião de câmara, mas o presidente garantiu que “será um preço relativamente barato”.
“Os valores no circuito comercial normal andam à volta de sete ou oito euros, estamos a falar sempre numa redução de 50%”, concretizou.
O autarca ressalvou que o propósito desta intervenção “não é criar uma sala especificamente para o cinema, mas dotar a sala também de cinema para responder àquilo que é uma preocupação da população”.
O calendário das sessões ainda está a ser para que a projeção de cinema não colida com outra oferta cultural existente na cidade, como explicou o presidente da câmara.
Bragança ficou sem cinema a 06 de janeiro de 2012, com o encerramento das últimas salas comerciais existentes num espaço comercial.
Naquela ocasião, o então presidente da câmara, Jorge Nunes, avançou de imediato que a autarquia asseguraria a oferta à população, caso nenhum operador privado se mostrasse interessado na prestação deste serviço.
A autarquia chegou a ponderar incluir o cinema na programação do Teatro Municipal de Bragança.
Em maio de 2015, o atual presidente da câmara, Hernâni Dias, anunciava que em junho desse ano começariam as sessões no Auditório Paulo Quintela.
Mais de um ano depois, em novembro de 2016, começaram as obras naquele espaço que se encontram praticamente concluídas.