O Circuito Internacional de Vila Real vai cumprir este fim de semana nova edição, que será dedicada aos carros clássicos, num ano com recorde de inscritos e em que colaboram cerca de 300 voluntários.

As corridas que se disputam nas ruas da cidade representam turismo e economia para Vila Real, cidade que teve a sua primeira prova de automobilismo em 1931.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, realçou o impacto positivo que ocorre na hotelaria e restauração locais e frisou que o retorno para a cidade é muito mais elevado do que o investimento, explicando que, nas corridas, o orçamento camarário se situa entre 900 mil euros a um milhão de euros.

Este ano, são igualmente assinalados os 10 anos do regresso do circuito a Vila Real, depois de anos de interregno, cumprindo assim uma promessa eleitoral do socialista Rui Santos aquando da primeira candidatura à Câmara de Vila Real, em 2013, que foi concretizada em 2014.

No próximo fim de semana, a cidade espera muitos aficionados pelas corridas e, a ajudar a montar 'o circo', estão muitos voluntários.

“Durante os três dias vão estar à volta da pista cerca de 300 voluntários, desde os comissários de pista, de boxes, técnicos desportivos, oficiais de prova, bombeiros, médicos e enfermeiros”, afirmou Jorge Almeida, presidente do Clube Automóvel de Vila Real (CVR), que especificou que só a equipa médica é constituída por cerca de 40 pessoas.

Sem estes voluntários, segundo Jorge Almeida, seria “impossível realizar esta prova”.

O cartaz desportivo do Auditiv Circuito Internacional de Vila Real inclui seis provas, duas delas internacionais: o Trophée Legende, com carros clássicos da época pré-guerra (II Guerra Mundial) e ainda o Classic Endurance Racing 1 e 2, provas organizadas pela Peter Auto.

Por sua vez, a Associação Nacional de Pilotos de Automóveis Clássicos (ANPAC) organiza as quatro competições nacionais programadas para a cidade transmontana, como os Campeonatos de Portugal de Velocidade 1300, Clássicos, Legends e Super Legends.

Jorge Almeida destacou “um recorde” de 120 pilotos inscritos nas provas nacionais, um número que se eleva para os 160 pilotos e 150 carros, contabilizando com as provas internacionais.

“Todas as provas merecem destaque, mas claramente as provas com os carros anteriores à II Guerra Mundial e com os carros da década de 70 do século passado, pela sua raridade e pelo seu valor, merecerão um cuidado e uma observação especial de todos aqueles que acompanham o circuito. São duas provas internacionais com especificidades muito raras”, afirmou Rui Santos.

Este é, para o autarca, o circuito “mais apetecível no quadro nacional do automobilismo”.

“Ano após ano, o número de inscritos tem vindo a crescer. Vila Real é desde 1931 a capital do automobilismo em Portugal”, sublinhou.

Além da competição desportiva, o circuito representa também animação, com concertos de Os Quatro e Meia e Quinta do Bill, e a mostra Wine & Food Circuit, com barraquinhas colocadas no topo da Avenida Carvalho Araújo, onde estarão produtores de vinho e outros produtos típicos da região, incluindo as carnes, covilhetes e a doçaria conventual de Vila Real.

Este ano, as corridas automóveis coincidem com a tradicional Feira de São Pedro, que vai ser deslocada da Avenida Primeiro de Maio para a zona da Vila Velha, para minimizar os constrangimentos no trânsito.

O município deixou, entretanto, um apelo à comunidade local para que, sempre que possível, adote práticas de mobilidade sustentável durante o fim de semana, nomeadamente fazendo as suas deslocações a pé, de bicicleta, de trotinete ou de transportes públicos.

A nível dos cuidados de saúde e devido à realização do Circuito Internacional de Vila Real, no fim de semana, o Serviço de Atendimento Complementar (SAC), em Mateus, vai ser assegurado no Centro de Saúde nº1 (USF Corgo).

Foto: Bruno Taveira




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