Um novo evento cultural propõe-se mostrar a interculturalidade da cidade de Bragança, com várias manifestações artísticas programadas para entre quarta-feira e sábado, alusivas a diferentes nacionalidades representadas no instituto politécnico local.

Promover o diálogo entre estas diferentes culturas e comunidade local é o propósito do primeiro Ciclo Internacional de Transversalidades Artísticas (CITA), uma iniciativa de um grupo de produtores culturais, juntamente com o Laboratório de Artes na Montanha Graça Morais do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

A instituição de ensino superior tem alunos de cerca de 70 nacionalidades a frequentar os diferentes cursos ou bolseiros, como Marcus Ramusyo de Almeida, investigador do Laboratório de Artes e um dos promotores do CITA.

Segundo explicou à Lusa, tendo em conta que “Bragança é uma cidade extremamente intercultural”, onde várias culturas se encontram, a ideia é “fazer um evento onde se congregam essas culturas e artes de vários lugares, de vários países”.

Os alunos dos países de língua oficial portuguesa são os mais representantes entre a comunidade internacional do politécnico, mas há estudantes das mais variadas partes do mundo na instituição onde “existe inclusive um grupo de dança da Serra Leoa”, como destacou.

Ao longo de quatro dias estão programadas atividades como o Concurso de Cruzamentos Disciplinares das Artes, a decorrer quarta-feira, no Laboratório das Artes na Montanha, com prémios em dinheiros de 75 euros, 125 euros e 175 euros para os três primeiros lugares.

No dia seguinte, o Arquivo Distrital de Bragança acolhe uma mostra de cinema experimental brasileiro juntamente com um espetáculo multimédia Quatro Moinhos.

Na sexta-feira terá lugar, no espaço MINA, uma performance, que inclui o espetáculo "Alcântaras", “que pensa a ideia da música como algo que liga o mundo e passa um pouco sobre várias culturas mundiais”, segundo explicou o promotor.

O CITA encerra no sábado com a feira de trocas Desenrasca, uma espécie de “feira das nações”, para a qual as várias associações de estudantes estrangeiros do politécnico de Bragança foram convidadas a levar “um pouco das suas culturas, da sua comida, das danças, para que possa haver esse diálogo entre as diferentes culturas”.

Também no sábado, “há uma caminhada de reconhecimento do território que vai passar pelos lugares de Bragança onde a comunidade local constrói a sua arte, ou seja os jardins das casas, as senhoras sentadas a fazer croché na ponte de Além do Rio ou as miniaturas expostas naquele local e feitas por um habitante local.

Como salientou Marcus Ramusyo de Almeida, todas as atividades são gratuitas e a comunidade local é convidada a participar neste evento que conta com o apoio da Direção-Geral das Artes.



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