A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu centenas de documentos em diversos departamentos da Casa do Douro, de acordo com um artigo do Jornal de Notícias desta sexta-feira.

O jornal salienta que, além de várias cópias de processos e material em arquivo, os agentes levaram também alguns documentos originais, sobretudo relativos ao cadastro e ao património da instituição.
As investigações, segundo o jornal, têm por base «denúncias na sequência de cartas anónimas, por altura das últimas eleições para a direcção, quando o actual presidente da instituição, Manuel António Santos, foi reeleito para o segundo mandato. O processo de inquérito remonta ao ano de 2004».

A instituição duriense foi visitada há cerca de duas semanas por uma dezena de agentes da Polícia Judiciária do Porto, munidos de mandados de busca e apreensão, que durante cerca de dez horas passaram a pente fino os gabinetes dos directores, o departamento jurídico, o cadastro, onde estão registados todos os dados relativos aos vitivinicultores e às vinhas da Região Demarcada do Douro, assim como diversa documentação relativa ao património da instituição, desde armazéns a mobiliário antigo.

Segundo afirma o JN, não escaparam, «sequer, as requisições para as ofertas de vinho que a instituição faz a individualidades que visitam a região, muitas vezes a pedido de outros organismos, ou até que a própria direcção dá a pessoas em alturas como o Natal».

O presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, afirma que desconhece «qual o motivo da investigação», acrescentando «facultámos, obviamente, todos os documentos que nos pediram, com livre acesso a todos os locais desta casa. Não temos nada a esconder, estamos de consciência tranquila».

As denúncias anónimas de 2004 visavam o presidente e outros elementos candidatos na mesma lista, mas também alguns funcionários da instituição e até jornalistas.



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