O comboio histórico regressa à linha do Douro a 3 de junho, para uma campanha que inclui 50 viagens, entre a Régua e o Tua, até 29 de outubro, disse hoje à agência Lusa fonte da CP.

O programa do comboio histórico na linha do Douro arrancou no final da década de 90. A edição 2016 ficou marcada pelo regresso da locomotiva a vapor que foi alvo de uma “intervenção inovadora” para substituir a tração a carvão pelo diesel. Nesse ano, foram transportados 9.152 passageiros, um número que se traduz numa ocupação média de 218 passageiros por comboio.

Agora, em 2017, segundo adiantou fonte da CP – Comboios de Portugal, estão previstas mais viagens, num total de 50 circulações, entre 3 de junho e 29 de outubro.

A empresa especificou que haverá circulações em todos os fins de semana durante este período (22 sábados e 22 domingos), ainda em cinco quartas-feiras (de 2 a 30 de agosto) e uma terça-feira (15 de agosto).

A locomotiva a vapor, que puxa cinco carruagens históricas de madeira datadas do início do século XX, parte do Peso da Régua, distrito de Vila Real, e segue até ao Tua, concelho de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança, numa viagem com vista para o rio Douro e as vinhas em socalco, em pleno Património Mundial da UNESCO.

Pelo meio, o comboio para na estação do Pinhão, onde os passageiros podem ver os 25 painéis de azulejo do edifício principal e ainda visitar a loja Wine House.

Durante todo o trajeto, há animação, assegurada por um grupo de cantares regionais, ainda uma degustação de vinho do Porto e distribuição de rebuçados da Régua.

A empresa aposta nos bilhetes combinados, que integram a viagem no comboio histórico e as viagens de ida e volta, a partir de vários pontos do país (Norte, Centro, Alentejo e Algarve).

Em 2013, a CP decidiu retirar a locomotiva a vapor da campanha do comboio histórico, para proceder à sua adaptação às exigências ambientais do século XXI e tornar o comboio mais eficiente do ponto de vista operacional e energético, o que teve reflexos na “sua sustentabilidade económica”.

A nova caldeira é uma reprodução da original e permite um funcionamento com menos fumo, sem cinza e sem riscos de incêndio.

Segundo a empresa, apesar da substituição temporária da locomotiva a vapor, este produto continuou a registar um crescimento em volume de passageiros e uma ocupação média por comboio elevada.

Em 2013, 2014 e 2015 transportaram-se 2.672, 3.416 e 6.202 passageiros.
Foto: António Pereira



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