A GNR autuou em 2.500 euros o comboio turístico de Bragança, numa atitude que o presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, José Pires, diz configurar "excesso de zelo" das autoridades.
A coima reporta-se à falta de um dístico de proibição de fumar que "deveria" estar instalado no interior das carruagens dos comboios.
"Achamos que se trata de excesso de zelo das autoridades. Entendemos que a lei seja para cumprir, mas estamos a falar de um dístico (autocolante) que alertava para a proibição de fumar e que caiu durante a manutenção que o comboio turístico sofreu recentemente", justificou o responsável da autarquia proprietária do equipamento.
Neste caso, José Pires defende que deveria haver cooperação entre instituições e que a autarquia deveria ter ser alertada para o que estava em falta no veículo, "para que tudo fosse reposto", em vez da aplicação da multa, "já que não estava em causa a segurança dos passageiros".
Outras da situações que considerou "estranha" é que o veículo de transporte de turistas tivesse sido autuado "cerca das 23:30 de terça-feira", numa altura em que "se preparava para estacionar".
Além dos 2.500 euros em causa, foi aplicada uma outra coima, no valor de 30 euros, por falta do triângulo de pré-sinalização de perigo.
"Uma multa que terá de ser respeitada, já que o objeto se encontrava numa outra carruagem, que não fazia parte da composição naquela altura", indicou o autarca.
A União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, anunciou hoje que o caso será entregue a um advogado, no sentido de apurar se "a autuação será passível de recurso".
"Se formos obrigados a pagar, pagaremos. Mas antes vamos contestar o sucedido junto das instâncias apropriadas", enfatizou.
O comboio turístico sofreu recentemente uma operação de mudança de imagem na qual a União de Freguesias transmontana investiu cerca de 10 mil euros.
"É um serviço público de grande utilidade para a cidade de Bragança. Transportamos os alunos das escolas de Bragança para os equipamentos públicos, num total de quatro mil passageiros, de forma gratuita", garantiu
O comboio turístico de Bragança está a operar há 14 anos.
Contactado pela agência Lusa, o Comando Territorial de GNR Bragança da GNR disse que o agente envolvido na fiscalização verificou que o comboio turístico não dispunha de triângulo de pré-sinalazção de perigo, pelo foi mando parar.
"Durante o ato fiscalização foi detetado que o veículo em causa também não dispunha do dístico de aviso de proibição de fumar a bordo", disse o major Cura Marques, da GNR de Bragança.
Lusa