O ex-secretário geral do PCP, Carlos Carvalhas, considerou terça-feira que a candidatura de Manuel Alegre à presidência da República «pode ser benéfica», embora entenda ser «difícil fazer uma avaliação séria» sobre o assunto.
\"Se essa divisão (no PS) soma e traz espaço para que certos eleitores, que não iriam votar, vão, pode ser benéfica, mas é difícil dizer\", afirmou Carlos Carvalhas, à margem de um jantar-comício com apoiantes da CDU e candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Bragança.
O ex-secretário geral do PCP participou no arranque da campanha para as eleições autárquicas num terreno que os próprios candidatos admitem ser \"difícil\" para a CDU, que tem apenas eleitos na assembleia municipal local.
Enquanto membro do comité central do PCP, Carvalhas pediu um reforço da votação na coligação, constituída pelo Partido Comunista e pelo Partido Ecologista \"Os Verdes\", para que possa ter \"mais força e mais intervenção\".
\"As populações têm votado alternadamente no PS e no PSD e já sabem: muda a orquestra, mas a música praticamente é a mesma\", declarou.
As candidaturas da CDU obtiveram, entre os mais de 34 mil eleitores do concelho, cerca de 600 votos para a autarquia e 1.200 para a assembleia municipal, nas últimas autárquicas, um resultado que o actual candidato à câmara, José Castro, quer reforçar no dia 09 de Outubro.
No entanto, o professor do ensino superior que encabeça a lista já colocou de parte o objectivo inicial da sua candidatura que era eleger o primeiro vereador da CDU no distrito de Bragança.
A aposta passa agora por \"uma votação que augure poder, um dia mais tarde, lutar por um lugar no executivo\".
