A construção do Complexo Hidroeléctrico do Alto Tâmega vai implicar um investimento total de 1.700 milhões de euros.
A construção do Complexo Hidroeléctrico do Alto Tâmega vai implicar um investimento total de 1.700 milhões de euros e terá um impacto económico de 5.000 milhões de euros, afirmou hoje o presidente da Iberdrola, Ignácio Galan, em Chaves.
\\"O investimento total será de 1.700 milhões de euros e vai criar 3.500 empregos directos e 10.000 empregos indirectos e terá um impacto económico, uma criação de riqueza, de 5.000 milhões de euros\\", afirmou Ignácio Galan na sessão pública de apresentação do projecto que contou com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia.
A construção das quatro barragens - Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões - que deverá começar em 2012, estando prevista a sua entrada em funcionamento em 2018, foi considerada por Ignácio Galan como o \\"mais importante projecto hídrico da Europa nos últimos 25 anos\\".
\\"Vai criar emprego e riqueza no Norte de Portugal\\", afirmou, sublinhando que a politica da Iberdrola é contratar como fornecedores as empresas do país onde tem os investimentos.
\\"A nossa politica é criar riqueza e emprego nos países onde estamos presentes\\", afirmou.
O projecto, atribuído ao Grupo Iberdrola por concurso público, consiste na construção de quatro barragens - com duas centrais de bombagem e duas de turbinação pura - num total de 1.135 megawatts (MW) de potência e uma produção eléctrica anual de 1.900 gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas.
\\"Vai aumentar a potência hidroeléctrica de Portugal em 25 por cento\\", afirmou o presidente da Iberdrola.
\\"Será o maior projecto hídrico em Portugal\\", acrescentou, afirmando ainda que as quatro barragens vão evitar a emissão anual de 1,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.
A construção deste complexo hidroeléctrico faz parte do Programa Nacional de Barragens, lançado pelo Governo no final de 2007.
A Iberdrola pagou ao Estado, no dia 05 de Janeiro deste ano, um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.