A Câmara de Vila Pouca de Aguiar anunciou um reforço de 250 mil euros, em 2018, para aplicar em ações de dinamização turística das antigas minas romanas de Tresminas.
O reforço de verbas do projeto de valorização do complexo mineiro de Tresminas surge como medida de compensação pela construção de três barragens, no âmbito do sistema electroprodutor do Tâmega.
"É preciso olhar o património como uma oportunidade e há um compromisso elevadíssimo com as pessoas para o desenvolvimento local. O plano estratégico de Tresminas passa por um trabalho conjunto na valorização patrimonial e natural", afirmou o presidente da autarquia, Alberto Machado, citado em comunicado.
As ações comparticipadas este ano destinam-se, além da equipa técnica, ao estudo histórico, geológico de fauna e flora de Tresminas, equipamento para visitas, bem como para a limpeza de galerias mineiras, musealização do espólio da Chã das Arcas, construção de edifício de apoio às cortas e galerias e a estruturas de apoio à circulação nas cortas e galerias mineiras.
As ações foram acordadas entre o município e a Direção Regional de Cultura do Norte, validadas pela Agência Portuguesa do Ambiente e o financiamento será assegurado pela empresa Iberdrola no âmbito das medidas de compensação.
O projeto de valorização do complexo mineiro já foi comparticipado com 391 mil euros, em 2016, e com 198 mil euros, em 2017.
Tresminas representa uma das mais importantes explorações de ouro do Império Romano.
As minas foram geridas diretamente pela guarda do imperador romano. Aqui, a exploração de ouro decorreu ao longo de 450 anos e depois não teve mais intervenções.
É por isso, segundo a autarquia, um "património arqueológico único" que se preserva desde "há cerca de 2000 anos".
Dos trabalhos de exploração resultou um conjunto monumental formado pelas cortas de exploração a céu aberto e por um complexo de poços e galerias subterrâneas.