A comunidade de baldios de Vila Cova e Mascoselo, em Vila Real, distribuem hoje 200 euros por cada casa habitada nestas aldeias, uma ajuda que abrange cerca de 150 famílias e resulta das receitas com a instalação de eólicas.
“Uma parte da receita que temos dos aerogeradores nós distribuímos pela comunidade de Vila Cova e Mascoselo. É um valor de 200 euros que atribuímos a cada comparte que tenha um contador de eletricidade ativo e que seja casa de habitação”, afirmou à agência Lusa Carlos Dias, daquela comunidade de baldios.
O critério de ser uma casa com contador ativo é porque, explicou, ”é sinal que a casa está habitada”.
Nos terrenos baldios estão localizados 22 aerogeradores, pelos quais a comunidade recebe uma renda.
“Este apoio que nós damos pode ser uma ajuda, por exemplo, para a limpeza dos terrenos”, apontou, salientando que este pode também ser um contributo para a prevenção de incêndios rurais nestas aldeias de montanha.
Nos meios rurais são cada vez mais as queixas dos moradores com a despesas elevadas que é preciso fazer, todos os anos, com a limpeza obrigatória de terrenos em volta de edifícios e localidades.
“Duzentos euros já é uma ajuda para que as pessoas possam manter os seus terrenos e envolvente das casas, mais limpos”, reforçou.
Este apoio anual foi aumentado dos 150 para os 200 euros em 2023.
Segundo Carlos Dias, a comunidade dos baldios está também apostada em repovoar a serra do Alvão, lembrando que, no Dia Mundial da Árvore, foram plantados 1.000 pinheiros.
Referiu que foram ainda plantados soutos para aumentar a rentabilidade da comunidade com a venda de castanha e que a lenha resultante da limpeza da floresta é distribuída pelos habitantes.
O responsável referiu ainda que foram adquiridos tratores e outras máquinas que são usadas cortar e estilhaçar os resíduos florestais.
“Estamos a trabalhar no sentido de nos tornarmos autossustentáveis na medida possível”, salientou.