A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro anunciou hoje a sua participação na Expo 2025 nos dias 22 e 23 de abril, evento que vai decorrer na cidade japonesa Osaca e integrada na programação do pavilhão de Portugal.

“A Participação da CIM Douro na Expo Osaca 2025 passa por dar conhecer ao Japão e ao mundo inteiro a potencialidades dos 19 municípios deste território e os seu produtos e todos os atrativos do vale do Douro a possíveis investigadores tendo como referência o vinho, a amêndoa, a maçã, azeitona ou a castanha”, disse à Lusa, Luís Machado, presidente da CIM Douro.

O também autarca de Santa Marta de Penaguião acrescentou ainda que outros dos objetivos é demonstrar que o Douro é um destino "único" em Portugal.

“O Douro, como destino turístico tem enormes qualidades e atrativos e uma entidade muito própria proporciona a quem visita este território extraordinárias experiências. Aproveitando a presença de Portugal neste evento à escala mundial, temos aqui uma grande oportunidade de mostrar o nosso Douro com uma região única”, vincou o Luis Machado.

Um dos atrativos e que já foi enviado para Osaca é um passaporte Douro, totalmente impresso em japonês, para assim despertar a curiosidade dos turistas destas latitudes do globo.

“O passaporte Douro já alcançou muito sucesso no nosso território e fazemos questão de o levar para o Japão, para o que o japonês se sintam atraídos pela informação que este instrumento de divulgação do terrário contém e que pode ser carimbado em cada um 19 municípios ”, explicou o presidente da CIM Douro.

Os propósitos da participação da CIM Douro na Expo Osaca 2025 foram dados a conhecer numa conferência que hoje decorreu na praia fluvial da Congida, em Pleno Douro Internacional, em Freixo de Espada à Cinta, a terra natal de Jorge Álvares(século XV), que foi o primeiro cronista europeu do Japão.

Outras das presenças no pavilhão de Portugal será uma peça em seda de Freixo de Espada à Cinta e não só com 30 metros de comprimento por 70 centímetros de largura e que foi tingida com produtos naturais da flora da região do Douro e da autoria das artistas Fernanda Fragateiro, que contou com a ajuda do Museu da Seda situado nesta vila do distrito de Bragança.

Joana Cardoso, Comissária-geral de Portugal para a Expo Osaca 2025, disse que o país vai ter muitas propostas ao longo dos 184 dias de duração da expo, havendo até ao momento mais de 160 dias preenchidos com múltiplas atividades, que vão desde a cultura, à economia, à gastronomia, onde serão mostradas múltiplas facetas do país.

“As propostas da CIM são muito viradas para a arte contemporânea que pega nas pontes que ligam o rio Douro e o Japão que vão deixar os japoneses muito curiosos e intrigados sobre esta região que ainda não conhecem e que ficaram a conhecer a parir desta expo”, indicou a Comissária.

Joana Cardoso destacou a importância de figuras portuguesas tais como Jorge Álvares e um padre oriundo de Sernancelhe, no distrito de Viseu, que foi o autor do primeiro dicionário português/japonês.

“Já chegaram a existir mais de 5.000 palavras portuguesas no dicionário japonês e, atualmente, há cerca de 500, mas são palavras utilizadas no dia a dia”, destacou.

O pavilhão português, da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, é feito com vários milhares de cabos marítimos e redes de pesca recicladas. O investimento global da participação portuguesa é de 21 milhões de euros.

Portugal é um dos 161 países presentes na Expo dedicada ao tema «Desenhar as Sociedades do Futuro para as Nossas Vidas» e que vai decorrer em Osaca, entre 13 de abril e 13 de outubro.



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