Apesar de as partes ainda estarem a tentar chegar a um acordo, a comunidade lusa em Zurique já estuda locais para celebrar a sua missa dominical, depois de a direcção da igreja que frequentavam os ter «convidado a sair».

Os emigrantes portugueses em Zurique foram, há poucas semanas, surpreendidos com uma carta da direcção da Igreja S. Félix und Regula dirigida à comissão da paróquia que estabelecia um prazo para a comunidade encontrar outras instalações para realizar a sua missa dominical.

Os problemas terão surgido quando as missas celebradas em português começaram a conquistar audiências cada vez maiores, tornando o auditório da Igreja de S. Félix pequeno para acolher tanta gente. Em muitos domingos, como nem todos os fiéis cabiam no interior, várias pessoas tinham de permanecer no exterior. Algo que a direcção não viu com bons olhos.

Os dirigentes da igreja queixam-se de que os portugueses têm vindo a perturbar a harmonia do local ao estacionarem os seus carros em cima dos passeios, de fazerem muito barulho, e de deixar, no final da celebração, tanto o interior, como o exterior da igreja em mau estado.

No entanto, a comunidade refuta estas acusações. \"A missa dominical das 11 horas envolve, muitas vezes, mais de mil pessoas e algumas delas têm de ficar à porta por não encontrarem lugar no interior da igreja. Estamos perante um grande movimento de pessoas e como tal, é normal que nem tudo fique na perfeição desejada pela chefia da paróquia, mas nada se passou que justifique esta exigência\", explicou ao JN Adelino Sá, director da Gazeta Lusófona, da Suíça.

Segundo o português, \"esta \"ameaça de despejo\" feriu-nos profundamente porque a igreja é frequentada há vários anos pela comunidade católica portuguesa. e era uma experiência bem sucedida no desenvolvimento da fé religiosa e dos valores inter culturais, desconhecendo-se, até à divulgação da carta, a existência de qualquer fonte de crispação entre a paróquia e os portugueses\".

A comunidade portuguesa está a tentar chegar a um entendimento com a direcção da igreja para não ter de mudar de local, mas o JN soube que também já começou a estudar alternativas.



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