A Infraestruturas de Portugal concluiu os trabalhos de estabilização da encosta e taludes da Estrada Nacional 218, no troço localizado entre Miranda do Douro e a fronteira com Espanha", informou hoje fonte ligada aos trabalhos.
"A empreitada teve um prazo de execução de 278 dias, representou um investimento superior a 1,7 milhões de euros e a sua concretização vem permitir a reposição das condições de segurança neste troço da EN218 de ligação de Miranda do Douro à fronteira internacional com Espanha", adiantou fonte da Infraestrutura de Portugal (IP).
Em nota enviada à agência Lusa, a intervenção foi desenvolvida em três zonas distintas entre os quilómetros 86,3 e 88,4, e envolveu, entre outros, a execução dos seguintes trabalhos: execução de pregagens seladas com aço e com calda de cimento, de forma a permitir a estabilização ativa dos taludes rochosos e revestimento dos taludes com rede metálica.
"Nos locais onde existe um maciço rochoso constituído por um conjunto de blocos no topo do talude passíveis de escorregarem, foi aplicado um sistema complementar de estabilização", vincou a empresa pública.
A obra foi desenvolvida num troço viário com tráfego que não poderia ser interrompido, dado tratar-se de um acesso internacional, tendo grande parte dos trabalhos sido realizados com a ocupação de uma das vias da EN218.
Em dezembro de 2014, uma derrocada de pedras de grandes dimensões fez soar o alarme para os perigos que os automobilistas corriam quando se dirigiam para a fronteira com Espanha, já que os taludes poderiam ceder, o que acabou por acontecer, sem provocar vítimas ou danos materiais. Esta situação levou a um corte na via que durou alguns meses.
Em janeiro de 2016, o presidente da câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, pediu uma intervenção "urgente" na EN218, no troço que liga a cidade do Planalto Mirandês a Espanha.
O concurso para recuperar EN218 que liga Miranda do Douro à fronteira foi publicado em Diário da Republica em 23 de março de 2017.
Já em novembro de 2018 a IP anunciava o começo das obras, com um investimento de 1,7 milhões de euros e que eram ambicionadas, pelo menos, desde 2009, data da primeira derrocada.