A abertura ao público da piscina coberta e aquecida de Vila Flor vai tardar mais do que inicialmente se previa. Primeiro foi a falta de água, agora a falta de pessoal. A Câmara fez, anteontem, a recepção provisória do equipamento, que custou mais de um milhão de euros, mas tem pela frente a necessidade de resolver o problema dos trabalhadores que hão-de assegurar o seu funcionamento, numa altura em que a escassez de água já não é problema.

O presidente do Município, Artur Pimentel, não esconde o seu desagrado com esta situação, mas admite que tem sentido algumas dificuldades para ultrapassá-la. \"Neste momento, a Câmara não pode investir em recursos humanos mais do que gastou o ano passado\", explica o autarcal. Por outras palavras, não pode contratar mais ninguém.

Contesta a Lei das Finanças Locais que impõe aquelas limitações e sublinha que, tal como Vila Flor, há muitas câmaras no país que estão a braços com o mesmo problema. \"Há estruturas novas, prontas a abrir e que estão fechadas por dificuldades em contratar pessoal\", lamenta.

Neste contexto e à falta de melhor alternativa, Artur Pimentel ainda pensou que a solução para o problema poderia ter de ser resolvida internamente. Ou seja, com a deslocação para as piscinas de trabalhadores que já desempenham outras funções na Câmara, depois de obterem a respectiva formação para os cargos que iriam desempenhar.

No entanto, esta ideia ficou já posta de parte, uma vez que para servir bem a piscina outros serviços iriam ficar deficitários em termos de recursos humanos. \"Há 12 anos, tínhamos no quadro 128 funcionários e agora temos só 102\", explica.

Numa altura em que a Câmara elabora o regulamento do equipamento, estão a ser estudadas outras possibilidades para resolver a falta de pessoal. Artur Pimentel diz que há várias hipóteses, mas a que ganha mais força é \"a criação de uma empresa municipal\" que venha a gerir todas as novas estruturas concelhias. De parte parece estar a entrega da gestão da piscina a uma empresa privada ou associação.

\"Vamos escolher a solução que nos parecer melhor\", nota o autarca, que prefere esperar pela nova Lei das Finanças Locais, para perceber quais são as limitações impostas aos municípios.



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