Procuram manter uma estreita articulação com as associações, as comissões de pais, outras organizações e, como lhe compete, com as instituições oficiais suiças e portuguesas. Efectuam permanentes deslocações por toda a Suiça, com a preocupação e o objectivo de auscultar e agir em benefício dos portugueses.
É bom que se diga que tal nível de intervenção só é possível pela profunda e permanente ligação permitida pelas actividades profissionais exercidas pelos três conselheiros e por um empenhamento particular, que não tem nada a ver com caprichos, quaisquer que eles sejam.

Os objectivos

Queremos que as organizações portuguesas na Suiça sejam uma força a ter em conta, que tenham palavra nas importantes decisões e se reorganizem de uma forma mais realista, isto é, que venha a corresponder às reconhecidas alterações que se registaram nos últimos anos e acompanhem a integração da comunidade de uma forma mais activa, contribuindo para o enriquecimento de todos.
Foi neste sentido que o CCPS submeteu actualmente à discussão das colectividades portuguesas um projecto para a constituição de um "Fórum dos Migrantes Lusófonos na Suiça" para assegurar e facilitar os contactos entre migrantes oriundos dos países de língua oficial portuguesa, estabelecendo uma plataforma de discussão, reflexão e participação mais aprofundada entre as organizações dos países de língua portuguesa. No começo do próximo ano saberemos se tal projecto será aceite.

A punição

Lamentavelmente, de forma arrogante e injuriosa, têm sido acusados de não representarem nada e de serem uma espécie de conselheiros só voltados para Portugal ou,

quanto muito, conselheiros do Secretário de Estado das Comunidades. Parece que cometem o crime de terem sido eleitos pela comunidade portuguesa para uma estrutura representativa das comunidades e assumirem essa responsabilidade em plenitude.
As injúrias aparecem porque tiveram a ousadia de exigir que os portugueses e as suas organizações sejam informados sobre aquilo que uns quantos "iluminados" fazem em seu nome e se recusam a prestar contas.
Como esta coisa de transparências e democracioa não agrada a "distintos doutores", o caldo saltou para fora da panela.

Jogar às escondidas

Ignoramos quais as secretas razões que têm levado algumas dessas pessoas a tão manifesta frieza para com as organizações que eles próprios afirmam representar, como estrutura de topo das associações que, actuando de uma forma a deixar muitas dúvidas, ou mesmo não actuando, vão afirmando que existem como organismo.
Não é possível continuar a ignorar o papel passivo e conflituoso que tais "líderes" têm assumido, apenas quando alguma coisa mexe e lhes interessa. São antigos e actuais dirigentes de várias colectividades que denunciaram ao CCPS a situação e esperam deste órgão uma clara tomada de posição.
No encontro das colectividades portuguesas da Suiça, realizado recentemente em Bern, a atitude de uma boa parte dos representantes das colectividades foi bem evidente. As palavras foram claras na denúncia de factos e nas reservas a ter quanto às intenções de tais cavalheiros.

Um direito

O CCPS não é um espectador passivo da realidade vivida pela comunidade portuguesa na Suiça. Tem o direito de intervir, de agir e pedir esclarecimentos quando muito bem entenda. Tem igualmente o direito de ter opinião e de tomar as iniciativas na defesa dos interesses da comunidade, pois para isso foram eleitos. Assim o fizeram desde o início do mandato e vão continuar com a mesma linha de orientação até final. Que fique claro que nenhum dos três conselheiros pensa pedir a demissão das suas responsabilidades, tal como aconteceu com o representante da Comissão Federal dos Estrangeiros. Pelo contrário, os conselheiros vão continuar a agir e a exigir que as ditas regras de democracia e de transparência sejam respeitadas.
Manuel Beja
Coordenador do Conselho das Comunidades Portuguesas da Suiça



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