A empresa dst está a construir o edifício de controlo do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, concessionado à Iberdrola, uma empreitada no valor de 2,4 milhões euros e onde está implementado um plano de contingência devido à covid-19.

A empresa do grupo dst anunciou hoje, em comunicado, que o edifício de controlo é uma estrutura de escritórios e serviços que permitirá apoiar aquele que é um dos “maiores projetos hidroelétricos levados a cabo na Europa nos últimos 25 anos”.

A obra, que “representa um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros”, foi adjudicada pela elétrica espanhola à construtora que tem sede em Braga.

O projeto de construção do edifício de controlo inclui trabalhos de terraplanagem, execução de fundações, estruturas, arquitetura, redes, instalações e ainda a urbanização da plataforma do edifício de controlo do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET).

A empreitada arrancou em dezembro de 2019, tem um prazo de execução de um ano e na obra estão 40 trabalhadores nesta altura.

A empresa dte - instalações especiais, também do dstgroup, será responsável pela implementação do projeto de especialidade, nomeadamente instalações elétricas, telecomunicações, deteção de incêndios, extinção portátil, sinalética de emergência, extinção fixa e sistema solar.

“É para nós particularmente entusiasmante poder fazer parte da história da construção de um projeto desta envergadura, não só porque promove a transição energética em Portugal, baseado num modelo de utilização de energia limpa, que é também uma das nossas frentes de trabalho, mas também porque vai permitir a criação de riqueza e bem-estar para as populações da região e dos portugueses, em geral”, referiu José Teixeira, presidente do conselho de administração do dstgroup.

Numa altura de pandemia, o responsável destacou as medidas adotadas pelo grupo.

“Temos um plano de contingência extremamente rigoroso, quer na sede da empresa quer nas empreitadas atualmente em execução. A sua implementação passa, entre outras medidas, pela distribuição de ‘kits’ de equipamentos de proteção individual (EPI), obrigatoriedade de medição da temperatura corporal duas vezes por dia (manhã e tarde), desinfeção de todo o estaleiro de obra e frentes de trabalho e o distanciamento social”, especificou.

Precisamente por causa da covid-19, nas últimas semanas, o presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, tem demonstrado preocupações com a mobilidade semanal de centenas de trabalhadores das barragens do Tâmega e com as condições de trabalho na obra, queixando-se da falta de respostas do Governo.

O autarca pediu, inclusive, ao primeiro-ministro e ministros da Administração Interna e da Saúde, no dia 25 de março, a declaração da situação de calamidade no concelho e a suspensão temporária, mas imediata, das obras nas três barragens.

A Iberdrola já disse que elaborou um plano de contingência para fazer face à pandemia no âmbito das obras do SET, o mesmo acontecendo com cada uma das empresas contratadas para executar a obra.

O SET é formado por três centrais hidroelétricas e três barragens, duas situadas no rio Tâmega (Daivões e Alto Tâmega) e a terceira no rio Torno (Gouvães) e representa um investimento de 1.500 milhões de euros.

O complexo contará com uma potência instalada de 1.200 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.800 gigawatts hora (GWh), ou seja, 4% do consumo elétrico do país.



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