Os profissionais de saúde da Consulta Aberta do Hospital D. Luís I, na Régua, e sobretudo os enfermeiros não conseguem dar solução a todos os casos de doentes que recorrem àquele serviço.

\"As pessoas continuam a encarar a consulta como um serviço de urgência, tendo surgido recentemente vários casos complicados que os enfermeiros (um por cada turno) têm dificuldade em resolver, como choques anafiláticos, intoxicações devido a envenenamento e ferimentos graves\", explicou, ao JN, a enfermeira Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

A Consulta Aberta veio substituir o fecho do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), no passado dia 28 de Dezembro, passando a ser assegurada por médicos e enfermeiros do Centro de Saúde local, que estão pouco habituados a situações que surgem normalmente num serviço de Urgência.

Guadalupe Simões diz que \"os enfermeiros são agora confrontados com situações para as quais não possuem competências\", acrescentando que \"as consultas abertas são uma falácia e apenas servem para justificar o encerramento arbitrário de outros serviços e tentar diminuir a contestação\".

Nuno Gonçalves, presidente da Câmara da Régua, considera esta situação \"um embuste\". \"Isto só demonstra que a decisão foi tomada com ligeireza e de forma irresponsável\", disse. E acrescenta \"Ainda por cima, o serviço de Saúde Familiar do Centro de Saúde também é prejudicado, dado que fica descapitalizado de recursos humanos.

O JN tentou ouvir os responsáveis da Administração Regional de Saúde-Norte, sobre esta matéria, mas tal não foi possível.



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