Manuel José Pereira disse que a sua greve de fome poderá continuar enquanto não lhe for esclarecido o que o ministro da Educação pretende fazer em relação à continuidade do pessoal e serviços sócio-educativos.

E tudo porque a remodelação programada para aquele estabelecimento de ensino não contempla o gabinete dos serviços de acção social, que deverão ser integrados nos serviços administrativos.

"No local dos serviços de acção social vai ser instalado o gabinete médico e aqueles serviços passarão a ser desempenhados por administrativos na secretaria", salientou Manuel José Pereira.

Acrescentando que, "em Dezembro de 2001, corro o risco de ver o meu contrato não ser renovado ou ser impedido de realizar o que é necessário fazer nas escolas relativamente às questões sócio-economicas, para ajudar a resolver os problemas sociais dos estudantes".

O técnico referiu que ninguém foi consultado para a intervenção de fundo na escola, para que "fossem criados no papel, gabinetes médicos que não funcionam e extintos os gabinetes de serviço sócio-educativo onde se encontram a trabalhar profissionais que atendem de uma forma personalizada e especializada".

Por se sentir preocupado com uma situação que considera que vai "afectar a educação, os alunos, suas famílias, e o desempenho profissional dos técnicos de acção social escolar, Manuel José Pereira vai enviar ao Ministério da Educação, um abaixo assinado que vai recolher a nível nacional.

"Quero saber o que é o que o Governo pretende que seja a acção escolar social nos ensinos básico e secundário, e para que será que criou um curso superior público em acção social escolar, se esses técnicos vão ser substituídos por pessoal administrativo", questionou.

Mário Vaz, presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária de Alijó, disse ao Semanário TRANSMONTANO que não compreende muito bem os motivos que levaram o seu funcionário a fazer greve de fome.

E explicou que com a reforma da escola, os serviços de acção social vão ser integrados nos serviços administrativos, mas que a sua forma de funcionamento será sempre decidida pelo Conselho Executivo.

"Actualmente esses serviços funcionam num gabinete próprio que não é contemplado pela remodelação da escola, mas eles vão continuar a existir e a funcionar neste estabelecimento escolar", garante Mário Vaz.



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