A lei anti-terrorista de 1966 está a originar novos casos que poderão levar à deportação de imigrantes acusados de certos crimes, mesmo que já tenham cumprido as penas a que foram condenados.
Frederick Watt, advogado de New Bedford especializado em assuntos de imigração, disse ao PT que tem pendentes cerca de uma dezena de casos de portugueses que o INS deteve por crimes cometidos no passado.
«A maioria destes casos diz respeito a indivíduos que saíram dos Estados Unidos para ir de férias a Portugal e quando regressaram foi-lhes recusada a entrada no país», afirmou o advogado Watt.
«No cumprimento da lei anti-terrorista de 1966 o INS está a exercer um controlo mais rigoroso nas fronteiras do país e qualquer estrangeiro que no passado tenha sido condenado por certos crimes corre o risco de ser detido», adiantou Frederick Watt.
«Este controlo rigoroso exercido nas fronteiras não tem servido para detectar terroristas, mas apenas para criar problemas a indivíduos que levam uma vida normal, mas que no passado, nos seus anos de juventude, transgrediram a lei», comentou o advogado.
Frederick Watt recomenda que qualquer indivíduo que tenha cadastro criminal que não se ausente do país, pois ao reentrar poderá ser surpreendido com a recusa por parte do INS, mesmo que a condenação seja anterior a 1996, pois a lei é aplicada retroactivamente.