O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero/Douro constituiu uma cooperativa transfronteiriça designada por Efi-Duero Energy destinada à comercialização de energia elétrica que vai agregar cerca de 200 municípios e outras entidades de Portugal e Espanha.
Em declarações prestadas hoje à agência Lusa, o diretor geral do AECT- Duero/Douro, José Luís Pascual, disse que o principal objetivo da nova entidade fronteiriça é trazer benefício social, fornecendo a eletricidade a preço de custo, aos seus potenciais consumidores.
A Efi-Duero Energy funciona como agente cooperativo autorizado que adquire a energia diretamente no Mercado Ibérico da Eletricidade, permitindo com esta transação a ausência de intermediários, o que se traduz numa maior economia para as entidades aderentes ao novo distribuidor, já que a eletricidade é comercializada a preço de custo.
Segundo os responsáveis pelo AECT- Duero/Douro, a Efi-Duero Energy constitui-se como "a primeira cooperativa europeia destinada ao fornecimento de energia elétrica".
"Trata-se de um projeto inovador que vai trazer mais-valias económicas a todos os municípios e outras entidades que fazem parte integrante do AECT -Duero/Douro e que visa permitir uma economia em recursos as populações e entidades deste território raiano ", frisou o responsável.
José Luís Pascual destaca que na lista de clientes da Efi-Duero Energy figuram nesta fase inicial do projeto "clientes" como o Instituto Politécnico de Bragança, ou município de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.
Esta nova cooperativa fronteiriça, destinada ao comércio de energia elétrica, de acordo com os seus promotores, não pode ter benefícios já que a energia elétrica é comprada no mercado ibérico de depois comercializada sem margem de lucro, "sendo este um impedimento legal".
A eletricidade vai ser distribuída através das redes ibéricas utilizadas para o efeito.
O projeto vai, nesta primeira fase, abranger cerca de 200 entidades de ambos os lados da fronteira, num território que se estende desde o concelho de Vinhais, no distrito de Bragança, ao do Sabugal, no distrito da Guarda, do lado português.
Do lado espanhol, o projeto estende-se desde a região de Zamora até à província de Salamanca.
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