O pavilhão multi-funções de Grijó, no concelho de Macedo de Cavaleiros, foi cedido à Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte (ACGVM).
Tudo começou no ano 2000, com uma visita à região pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural da altura, Victor Barros. Na presença do governante, a associação lançou a ideia no ar que só teve eco poder autárquico sete anos depois.
O edifício é composto por dois blocos, um com um bar e refeitório e o outro com um salão grande.
Segundo o membro da direcção da ACGVM, Raul Fernandes, o espaço servirá a associação, bem como para o desenvolvimento de parcerias com outras associações locais, como tem vindo a acontecer ao longo do tempo.
No protocolo de cedência das instalações estiveram envolvidas três entidades: a Junta de Freguesia de Grijó, por ter cedido o terreno para a instalação do imóvel, a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, por ter garantido a execução financeira do projecto, e a Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte, a entidade beneficiária.
Na cerimónia de assinatura do documento estiveram presentes habitantes de Grijó e de Vilar do Monte, que contaram com a animação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros e puderam degustar um lanche convívio.
Espaço cercado na serra de Bornes vai permitir a reprodução de corços e a observação deste animal no seu meio natural
O projecto da associação que, neste momento, tem maior dimensão, é uma zona cercada para a criação de corço, na serra de Bornes. Construído em 1999, são 35 hectares vedados com cobertura vegetal, própria para a nidificação da espécie, que esteve sem utilização até ao início do ano devido à indefinição do padrão genético do corço a norte do Douro.
Após desbloqueada a questão, foi atribuído o alvará para a introdução de 12 animais ( 9 fêmeas e 3 machos), encontrando-se já duas fêmeas no cercado. Raul Fernandes realçou que espera que o povoamento esteja concluído durante os próximos doze meses.
Este projecto tem a colaboração da FACIRC e do departamento de Veterinária da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O objectivo é favorecer a nidificação e desenvolvimento da espécie, com a criação de exemplares para posterior povoamento de outras áreas.
O corço é um animal raro e é difícil ser observado no seu ambiente natural (serra de Bornes), pelo que o cercado poderá permitir que este animal seja fotografado. Segundo o responsável, não está posta de parte a hipótese de colocar uma torre de observação no cercado, para que possam ser feitas visitas guiadas, nomeadamente por parte das escolas.