Foi dado o primeiro passo, do lado espanhol, para a construção da autovia entre Leão e Bragança. Trata-se de uma via rápida considerada primordial para a ligação àquela região de Espanha assim como ao Norte de França.
O concelho directivo da Associação Autovia Leão/Bragança aprovou um estudo técnico e de viabilidade daquela ligação rodoviária entre Espanha e Portugal, que será entregue à ministra do Fomento espanhola, tendo em vista a inclusão da autovia no Plano Estratégico de Infra-estruturas e Transportes, com prioridade no âmbito internacional.
O desígnio principal da autovia será o desenvolvimento de um novo corredor internacional que ligue o Norte de Portugal (Porto) ao resto da Europa, pela fronteira de Irún, atravessando as regiões de Bragança, Puebla de Sanábria, La Bañeza, Santa Maria del Páromo e Leão. A auto-estrada em causa é considerada indispensável para unir o IP4 (futura A4) aos principais corredores rodoviários espanhóis que, por sua vez, se ligam a França, como é a A-231- AP1- A8 (Leão-Burgos-Vitoria- Irún).
Trata-se de uma via considerada pelos autarcas e alcaides a melhor solução por ser \"a mais curta, mais rápida, mais económica e com menor dano ambiental\".
O presidente da Câmara, Jorge Nunes, considera que este eixo transfronteiriço internacional serviria para canalizar, total ou parcialmente, o grande trânsito de mercadorias na comunicação dos principais portos do Noroeste Atlântico (Porto e Vigo) e os da costa do Mar Cantábrico (Gijón-Santander-Bilbao). Aliás, estabeleceria também, através da auto-estrada de Burgos, a ligação com Zaragoza e Barcelona. Perante estes argumentos tem defendido que se trata da configuração de um eixo indispensável, transversal e internacional. A isto junta-se o facto de o itinerário Porto-Irún não contar actualmente com uma eficaz ligação ferroviária. A auto-estrada desejada permitiria ligar quatro linhas ferroviárias, favorecendo assim a intermodalidade.