O Grupo Sousacamp abre este mês uma unidade de produção agrícola de cogumelos, em Paredes, que vai criar 150 postos de trabalho e representa um investimento de nove milhões de euros, disse hoje fonte da administração da empresa.

Na fábrica de Paredes, a terceira do grupo Sousacamp, é aguardada na terça-feira a visita dos ministros da Economia e da Agricultura. O administrador do grupo, Artur Sousa, disse à Agência Lusa que aquela unidade vai produzir e embalar entre 3.500 a 4.000 toneladas de cogumelos por anos, 60 por cento dos quais serão exportados para Espanha.

O responsável referiu que o empreendimento deverá ser inaugurado ainda este mês.

A Sousacamp foi criada em 1989 e assume-se como um complexo de produção e comercialização de cogumelos e composto orgânico. A primeira fábrica do grupo foi construída na pequena aldeia de Benlhevai, concelho de Vila Flor, e a segunda em Mirandela.

Segundo Artur Campos, nestes duas fábricas trabalham cerca de 200 pessoas que transformam e embalam cerca de 4.000 toneladas de cogumelos por ano. Na gama de produtos da empresa figuram os cogumelos silvestres, brancos e castanhos, pré-embalados e avulsos e são também comercializados cogumelos congelados e cogumelos desidratados.

No entanto, segundo o administrador, o projecto mais «arrojado» do grupo está a ser construído na zona industrial de Vila Real, tendo sido classificado como um Projecto de Interesse Nacional (PIN). Só que, as obras desta fábrica tiveram que «abrandar» por causa da Auto-estrada Transmontana, entre Vila Real e Bragança, cujo traçado inicial ameaçava o empreendimento.

Em Fevereiro, a Junta de Freguesia de Constantim, em Vila Real, divulgou um comunicado em que alertava para a «destruição da fábrica de cogumelos pela passagem da A-4».

O autarca António Baptista de Carvalho (PSD), no comunicado, lamentou que «não tenham sido» acatadas as propostas apresentadas no decorrer do processo de Avaliação de Impacte Ambiental, realizado em Agosto, para o afastamento do traçado a Norte de Constantim com vista a salvaguardar os postos de trabalho da fábrica, uma zona habitacional e uma zona agrícola junto ao Monte de Santa Bárbara. Artur Sousa diz ter a garantia, por parte da câmara de Vila Real e da secretaria de Estado dos Transportes, que o empreendimento, que tem em construção na zona industrial de Vila Real, «está salvaguardado».

O administrador referiu que se trata de um investimento de 60 milhões de euros que permitirá a criação de mais de 300 postos de trabalho.

«Trata-se de um projecto dinâmico onde, para além da produção e transformação, também se vai apostar na investigação, contando com a colaboração de várias universidades, entre as quais a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)», salientou.



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