Com o recente anúncio da adjudicação à empresa Soares da Costa do troço da auto-estrada entre Vila Real e Quintanilha e a consequente construção do nó de acesso à zona industrial, têm sido várias as empresas a manifestar interesse em adquirir lotes para se instalar naquela área. Só na semana passada, a Câmara Municipal deu aval à instalação de 12 empresas, restando apenas 16 lotes da primeira fase para atribuir.
A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros atribuiu, na semana passada, mais 12 lotes, com uma área de mais de 38 mil metros quadrados, da zona industrial. Os espaços vão ser ocupados por empresas que se dedicam a diversos sectores de actividade, nomeadamente à produção de bio-combustíveis, ao fabrico de componentes de equipamentos electrónicos, à transformação de pólenes, à produção de cogumelos, à comercialização de produtos alimentares, à produção de azeite, à indústria de transformação de carne, à carpintaria, às terraplanagens, à recolha e armazenamento de resíduos ferrosos, ao depósito e distribuição de gás e à inspecção automóvel. A intenção dos proprietários das novas empresas que ali pretendem instalar-se é criar cerca de 100 novos postos de trabalho. Com estas 12 são já 19 as empresas que, em menos de um ano, optaram pela zona industrial para se instalar.
Quatro das primeiras sete atribuídas já estão a funcionar, a Maria de Lurdes Torres Carvalho Lda, da área do fabrico de estores, a Sialnor - Sistemas de Alumínio do Nordeste Lda, a Mil Possibilidades Lda, da área dos perfumes, e a Cooperativa de Proprietários de Farmácia (Cooprofar). Estas unidades empregam actualmente cerca de 50 trabalhadores.
Das restantes três, a Indústria Portuguesa de Azeites do Norte, Lda, a Fernando Domingos Ataíde Vaz e a Empresa de Construções Eléctricas Lda (ECE), só esta última é que está em fase de instalação. O conjunto destas últimas sete empresas ocupa uma área de quase 17 mil metros quadrados.
Segundo dados fornecidos pela autarquia, desde 2003 o município já retirou 29 lotes de terreno a entidades a quem anteriormente tinham sido atribuídos por falta de interesse manifestada pelas mesmas em instalar as respectivas empresas. Ao todo, são 13 agora as empresas que já estão em funcionamento na zona industrial e dez as que já arrancaram com as obras para se instalar.
A autarquia conta que, até ao fim do ano, duas destas últimas ali deverão iniciar actividade, nomeadamente as pertencentes a Mário Oliveira- Caixilharia de Alumínio e PVC, e a Bruno Manuel Gonçalves Rodrigues, ambas do sector de serralharia. Os respectivos empresários propõem-se criar 10 novos postos de trabalho.
Ao que tudo indica, o interesse pela zona industrial, manifestado nos últimos meses pelos empresários, está associado ao anúncio do Governo da construção do prolongamento da auto-estrada (A4) entre Amarante e Quintanilha, que prevê a construção do nó que dá acesso a esta infra-estrutura empresarial.
Ao apoiar a atribuição dos ditos lotes, os vereadores do Partido Socialista, Camilo Morais e Rui Vaz, lamentaram, no entanto, que a Câmara Municipal só tenha acordado para a realidade da zona industrial (que o anterior executivo presidido por Luís Vaz implementou), sete anos depois de ter assumido a gestão do município.
A construção do nó de acesso à zona industrial já era uma obra desejada antes da entrada do novo milénio.