Roubo, associação criminosa, sequestro, extorsão e furto qualificado são os crimes de um grupo violento que começou esta semana a ser julgado no tribunal de Vila Real.
Começou esta semana, sob fortes medidas de segurança, o julgamento de um grupo alegadamente responsável por ter perpetrado uma série de assaltos violentos em moradias no norte do país.
As vítimas que foram roubadas e ameaçadas de morte, na sua maioria, já identificaram os elementos do grupo, não obstante, também tiveram de comparecer no tribunal de Vila Real para darem o seu testemunho perante o Coletivo de Juízes.
Tudo porque entre março e abril do ano transato, um grupo constituído por seis elementos concretizou vários assaltos violentos em que semearam o terror entre as vítimas. Inclusive, ameaçaram raptar o filho de um homem caso ele não arranjasse 100 mil euros em dinheiro.
Num outro assalto, os larápios afirmaram categoricamente que iriam matar uma rapariga, filha da vítima, caso esta não arranjasse 30 mil euros no prazo de alguns dias. Através de mensagens escritas para o telemóvel, chegaram mesmo a ameaçar a sua vida, garantindo que se não arranjasse a quantia por eles pretendida, a criança seria assassinada.
Composto por pai e filho, mãe e filho e outros dois amigos, em somente dois meses, o grupo elegeu como alvos localidades como Bragança e Valpaços.
Acusados de roubo, associação criminosa, sequestro, extorsão e furto qualificado, os crimes foram considerados tão graves que cinco dos arguidos encontram-se já em prisão preventiva. Isto porque, os criminosos não se limitavam a roubar as propriedades das vítimas. Com as armas sempre em riste, que apontavam à cabeça das vítimas para lhes incutir o medo, não paravam com as ameaças enquanto desfaziam as casas à procura de bens com algum valor.
Sob a ameaça de arma de fogo, o grupo aterrorizava os proprietários caso estes não colaborassem, ou seja, não entregassem todos os valores e revelassem os códigos de acesso dos cartões multibanco, eles disparariam. Com os códigos já em sua posse, dirigiam-se às caixas multibanco e tentavam levantar o máximo de dinheiro possível.