O baixo preço do azeite é um dos principais problemas dos olivicultores transmontanos. Há duas décadas que o preço é igual, mas os custos para o produzir aumentaram. O produto tem qualidade, mas é vendido ao preço do azeite importado muitas vezes misturado com óleo.
Há duas décadas que o preço do azeite se mantém quase inalterável na região, mas os custos de produção são maiores. \" O saco do adubo é mais caro, assim como a mão - de- obra \", explicou António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), que ontem participou numa acção sobre olivicultura em Santulhão, no concelho de Vimioso. Trás-os-Montes consegue escoar a produção anual, \"todavia vende-se a preços baixos para a qualidade que temos\", lamentou o dirigente associativo.
Apesar de o preço não ser o mais apetecível para os produtores, a AOTAD está realizar acções de sensibilização junto dos olivicultores para a necessidade de produzir azeite com a melhor qualidade possível, pois este é o melhor argumento para escoar a colheita. Sugerem que se dê início à campanha de apanha da azeitona mais cedo. \"Não é habitual começar cedo a apanhar azeitona, mas é necessário que se faça, porque tradicionalmente o olivicultor não conhece os atributos positivos e negativos do azeite, se não produzirmos azeite de boa qualidade o mercado não o recebe\", referiu António Branco.
A AOTAD vai avançar com uma candidatura a fundos comunitários para fazer um estudo do tempo óptimo de colheita da azeitona. \"A partir de determinado momento por mais chuva que venha já não há óleo na azeitona, a chuva de agora já não contribuiu para o azeite deste ano\", frisou. Para já sabem que a altura ideia para a colheita não é depois da primeira geada, mas sim quando a azeitona está madura. A transformação da azeitona deve ser feita no dia da apanha. Outra indicação prende-se com a não reutilização de sacos e outro tipo de vasilhame, previamente, usado para transportar outros produtos, como os adubos.