Lusa
O arquiteto Daniel Teles é o cabeça de lista pela coligação PSD/CDS-PP em Santa Marta de Penaguião e defende o turismo e os recursos naturais como áreas estratégicas para desenvolver o concelho e criar emprego qualificado.
Com 50 anos, Daniel Teles encabeçou a lista do PSD nas eleições de 2017 e desempenhou o cargo de vereador da oposição nos últimos quatro anos.
Nas eleições marcadas para 26 de setembro o PSD e o CDS-PP resolveram concorrer coligados e defendem propostas “que divergem sensivelmente” das seguidas neste município socialista do distrito de Vila Real.
“Porque nós assistimos a um excesso, podemos dizer que será um excesso comparativamente a outras coisas, de apoios sociais quando a economia é completamente desprezada”, salientou Daniel Teles à agência Lusa.
O candidato disse que o investimento na economia tem sido “praticamente nulo”, reforçando que a “criação de empresas é reduzida” e que os postos de trabalho criados são “de alguma forma precários”, sendo que no âmbito de programas “em que as pessoas recebem um pouco mais de 400 euros, não têm direitos absolutamente nenhuns” e que duram cerca de um ano.
“Não é um projeto de vida, é um projeto de sobrevivência”, frisou.
Neste momento, para o candidato, o concelho “estagnou economicamente” e há “uma sangria total da juventude para o exterior”.
Como área estratégica para o município, Daniel Teles destacou o turismo e o aproveitamento dos “muito recursos naturais”, desde os trilhos pela serra do Marão, as levadas que ali existem e o rio Aguilhão, que nasce neste concelho e desagua no Corgo.
Em Fornelos já existe uma zona de lazer e o candidato defende que ali “há um enorme potencial para se fazer um projeto âncora com alguma dimensão” que poderia ser “um fator de atratividade muito grande para o concelho e também geradora de emprego”.
Há também um património arqueológico que, para Daniel Teles, é “pouco divulgado”, e deu como exemplo o forno romano do século II, descoberto em Fornelos há cerca de 20 anos, defendendo que ali poderia nascer um “pequeno museu interpretativo quer da arqueologia quer da própria geologia do concelho”.
O candidato mostrou-se preocupado com “a falta de investimento de manutenção em equipamentos públicos”.
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