Nasceu para ser um centro interpretativo da natureza mas nunca funcionou como tal. O núcleo de Santa Combinha da Paisagem Protegida do Azibo não passa agora de um miradouro com vista para a alfubeira do Azibo.

Inaugurado com pompa e circunstância por António Guterres, em 1998, o núcleo de Santa Combinha da Paisagem Protegida do Azibo, nunca foi usado para o fim a que estava destinado, o de centro interpretativo da natureza.

Quem decida aproveitar o fresco das manhãs para percorrer os trilhos do Azibo pode ficar decepcionado ao bater com o nariz na porta ao chegar ao núcleo de Santa Combinha, se for em busca de informação sobre a zona.

A maior parte do tempo o centro está fechado. Apesar de o horário afixado na porta referir que abre às 14 horas, isso nem sempre sucede, obrigando muitos forasteiros a deslocar-se à aldeia de Santa Combinha para pedir informações sobre os locais de interesse a visitar ou onde comer.

O espaço foi criado para funcionar como centro de interpretação ambiental, mas nestes 10 anos nunca funcionou como tal. \"Desde há três anos que decidimos dar-lhe algum uso, mudando a sua função\", assumiu, ao Jornal de Notícias, o responsável pela Paisagem Protegida do Azibo, Manuel Cardoso.

Para o equipamento não estar parado a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleirosa reduziu-o ao estatuto de miradouro e passou a emprestar o espaço a um artesão, que o mantém aberto, quando calha.

Tal como este centro, também outras estruturas nunca serviram para a missão que foram concebidas. \"O centro de recuperação de aves nunca foi usado, este Executivo autárquico procurou mudar isso e adaptou-o a novas funções, criando neste caso o núcleo de arqueologia, onde está uma exposição permanente dos achados do concelho\", explicou o o responsável pela Paisagem Protegida do Azibo.



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