Os investimentos portugueses directos no Brasil totalizaram, de Janeiro a Maio deste ano, 243 milhões de dólares (200 milhões de euros), sendo o grupo Sonae o maior investidor, revelou hoje à Lusa fonte do Banco Central.
Líder de mercado na região sul na área de distribuição, a Sonae fez investimentos directos de 127 milhões de dólares (105 milhões de euros) no Brasil este ano.
O segundo maior investidor português nos cinco primeiros meses de 2004 foi a Gespar, do grupo Espírito Santo, que aplicou 47 milhões de dólares (38,8 milhões de euros) este ano na área de energia no Brasil.
O total investido pelos portugueses de Janeiro a Maio é quatro vezes superior aos investimentos no mesmo período de 2003 (59 milhões de dólares).
No final de Maio, Portugal era o sexto maior investidor estrangeiro no Brasil.
Em primeiro lugar encontram-se os Estados Unidos, com 1,175 mil milhões de dólares, seguidos pela Alemanha (528 milhões de dólares), Ilhas Cayman (456 milhões de dólares), Países Baixos (434 milhões de dólares) e Canadá (263 milhões de dólares).
No mês passado, os portugueses investiram no Brasil seis milhões de dólares (4,9 milhões de euros), enquanto que em Maio de 2003 os investimentos foram de oito milhões de dólares (6,6 milhões de euros).
Segundo fonte do Banco Central, do total de recursos investidos pelos portugueses em Maio deste ano, dois milhões de dólares (1,6 milhões de euros) são do Grupo Somague para a sua empresa Braest, que tem concessões de troços de estradas em São Paulo por um prazo de 20 anos.
Em Maio, o total de investimentos estrangeiros directos (IED) no Brasil foi de 207 milhões de dólares (171 milhões de euros), o menor valor registado em meses de Maio desde 1994, segundo o BC.
O chefe do Departamento Económico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, atribuiu o baixo valor de IED a uma operação de retorno para os Estados Unidos de empréstimo inter-companhia de uma empresa do sector agro-pecuário (no valor líquido de 351 milhões de dólares).