Os cerca de 140 padres que integram a diocese de Vila Real vão passar a receber um ordenado fixo mensal igual para todos, num valor que está a ser estudado pelo bispo D. Joaquim Gonçalves.
A decisão foi tomada no último Conselho de Presbíteros, que optou por seguir a indicação do novo Código do Direito Canónico, apesar desta não ser obrigatória. O valor, a actualizar todos os anos, será pago pelo fundo paroquial de cada freguesia, até agora designado por \"Fábrica da Igreja\".
A partir de agora, os párocos passam a ser remunerados pelo fundo paroquial, que junta todas as contribuições dos fiéis \"e que passará a suportar também outros gastos com as igrejas, capelas, formação e despesas de culto\", explicou Manuel Linda, membro do Conselho Presbiteral. Esse fundo juntará cÎngruas, folares, estipêndios relativos aos sacramentos e outros valores ou rendimentos. Uma percentagem desse dinheiro vai para um \"fundo diocesano\", que suportará um complemento do vencimento dos párocos que trabalhem em zonas mais pobres ou \"menos generosas\".
A questão do estatuto económico do clero tem sido largamente debatida nos últimos anos. A diocese de Lisboa foi pioneira e a decisão agora tomada em Vila Real é considerada, por Manuel Linda, como \"histórica e um reescrever da história da Igreja\".