Maria José Carvalho está \"revoltada\" e \"incomodada\" pelo facto de receber \"constantemente\" correspondência proveniente do Ministério da Justiça destinada ao seu pai, Mário de Carvalho Lemos, que faleceu no dia 21 de Fevereiro de 1997, vítima de doença prolongada.
Mário de Carvalho foi, durante quase 50 anos, funcionário da Justiça, tendo exercido vários cargos no Tribunal Judicial de Vila Real, o último dos quais de escrivão. Contudo, mesmo cinco anos após a sua morte, os serviços sociais do Ministério da Justiça continuam a dirigir-lhe correspondência, entre a qual a Declaração de Plenos Direitos, para efeitos de assistência médica e medicamentosa. Esta situação também preocupa Maria José Carvalho, porque receia que a declaração que anualmente lhe remetem \"possa cair em mãos menos honestas\", já que pode ser usada em proveito próprio, uma vez que \"até vem autenticada com o selo branco\".
A filha do falecido considera esta atitude do Ministério da Justiça \"mórbida\" e \"estranha\", até porque enviou para aqueles serviços a certidão de óbito do pai, logo após a sua morte. E há cerca de um ano que comunicou aos serviços sociais do Ministério da Justiça esta \"insólita\" situação.